Eu deveria saber que aqui também te encontraria - tu vieste.
Vieste, sem que eu suspeitasse, sem avisar, nem um telefonema antes, uma mensagem... E foi assim que eu não tive tempo pra me preparar.
Não tive tempo pra me sentar diante do espelho e fazer aquele penteado que eu sei que você gostaria, nem de tirar do roupeiro o vestido rodado – cheirando a guardado - de “mocinha-que-está-esperando-o-amor-chegar”.
Quando chegaste, eu não havia ainda perfumado toda a casa pra te receber, nem pensado no que te dizer. E não tive tempo de colher do jardim as flores que atravessaram primaveras esperando o momento da tua chegada, as que preencheriam o vaso oco de cima da mesa da sala-de-estar. Não pude te preparar algo de beber, nem algo de comer. É que eu devia saber desde o início que tua vinda assim sem dizer, era um modo de me ter crua, despreparada, como tudo aquilo que você sempre preferiu. É a tua simplicidade quem sempre joga todos os meus planos perfeccionistas pelo chão e me faz feliz.
Eu, na verdade, já nem imaginava mais que tu virias.
Mas tu vieste à mim como vem o sol para a noite fria. Vieste com doçura e me encheste a vida e o querer de cores. Vieste pura, cheia de sorrisos e com um punhado de suspiros guardados no bolso.
Vieste como há séculos havíamos combinado.
E foi quando me deste a mão, que eu te reconheci.
Por Dani Cabrera
sábado, 25 de abril de 2009
sábado, 4 de abril de 2009
Daquilo Que Eu Acredito...
Ele baixou a cabeça e seguiu.
Depois de se despedir pensou na possibilidade de nunca mais encontrá-la.
(Ruído de passos, um vazio e nada...).
Depois daquele abraço que poderia ser o último, ele forçou bem a mente pra não esquecer do calor dela. Nem do cheiro dos cabelos negros... Nem de como os olhos de ambos ameaçaram transbordar quando tiveram que dizer “até...”.
Não vou mentir: ele sente medo de tantas diferenças. E ele até tentou não se deixar entranhar tanto um no outro. Até pensava que seria fácil demais colocar uma pedra sobre tudo e partir com as mãos no bolso, um assobio desprezível nos lábios, e sem olhar pra trás. Ele pensava que poderia partir completo. Mas metade dele ficou com ela, no abraço apertado que quase fez seu coração parar, guardado nos olhos tão escuros dela, nos suspiros do querer e do conter, na meia noite daquele dia frio.
Vou cruzar meus dedos e acreditar com força.
Vou pedir ao vento que te levou pra te trazer de volta, aqui.
Depois de se despedir pensou na possibilidade de nunca mais encontrá-la.
(Ruído de passos, um vazio e nada...).
Depois daquele abraço que poderia ser o último, ele forçou bem a mente pra não esquecer do calor dela. Nem do cheiro dos cabelos negros... Nem de como os olhos de ambos ameaçaram transbordar quando tiveram que dizer “até...”.
Não vou mentir: ele sente medo de tantas diferenças. E ele até tentou não se deixar entranhar tanto um no outro. Até pensava que seria fácil demais colocar uma pedra sobre tudo e partir com as mãos no bolso, um assobio desprezível nos lábios, e sem olhar pra trás. Ele pensava que poderia partir completo. Mas metade dele ficou com ela, no abraço apertado que quase fez seu coração parar, guardado nos olhos tão escuros dela, nos suspiros do querer e do conter, na meia noite daquele dia frio.
Vou cruzar meus dedos e acreditar com força.
Vou pedir ao vento que te levou pra te trazer de volta, aqui.
Por Dani Cabrera
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2019
Echarte de menos en una tarde como esta, sabiendo que vendrás – que en un par de horas entrarás por la puerta de nuestra casa. Por aqu...
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Eu preciso te dizer que minhas intenções a teu respeito são as melhores, e preciso que você acredite em mim. Eu preciso te dizer também que ...
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