domingo, 19 de diciembre de 2010

Agridoce

Eu quero sair do convencional,dos trilhos que desenharam para mim nesse chão, porque sou avião. E avião traça a sua própria rota perfeita. Quem olha de desde abaixo sempre o vê como se ele fosse em linha reta, mas não. A linha é reta porque é ele quem a faz.
Eu quero me esquecer das palavras bem conectadas, aquelas que eu sei que fazem com que tudo o que eu diga seja aceito sempre. Eu gosto também do desacordo. Eu gosto também do conflito. Existe algo muito bonito no confronto, algo maduro. Desafio nutritivo. D E S A F I O. Eu quero não me lembrar somente de ilustrações angelicais, lolipops, de arco-íris, de nuvens e céu azul, de primaveras, como se a vida fosse um vinte-e-quatro-horas de perfeição, porque não é. A perfeição se esconde na capacidade de sobreviver às desvirtudes. O gosto doce da boca também pode vir do agrio. Isso quem decide é quem degusta. Quero um pouco do bucolismo da cidade grande. Porque há. Quero tudo.
Quero deixar um pouco de tanto doce-de-leite, joaninhas, dessa infecção Tautou, que à mim nunca fez e não fará mal algum. Peço perdão, digo que já venho , e que preciso expandir. Quero uma tormenta caindo lá fora, quero um furacão em lugar de uma calmaria que atormenta, e que esse furacão saia de dentro de mim e leve tudo o que é meu para onde carecer. Não pretendo que a voz seja suave, não desejo que tudo seja fácil, não quero nenhum maná, nem que me prometam terra alguma. Quero pimenta malagueta, quero que seja por merecimento, por suor, pelas mesmas mãos que extrenizam o que eu sinto. Quero clareira, mas quero que a floresta ao redor seja selva de verdade. Quero oásis, mas também quero cinquenta graus e areia. Não quero ser o topo da cadeia alimentar. Quero olhar para tudo e me sentir animal que sou; bicho humano. Gosto do valor pessoal que tudo tem. E esse é o único valor que se leva daqui.
Não quero Versace, Dior. Nada disso. Não troco minha couraça por glamour nenhum. A beleza das coisas estão escondidas na simpicidade delas mesmas. Não quero fugir do clichê com os seus próprios artifícios. Não quero fugir do clichê. Nem estar com ele.
Quero humanidade, transparência, sangue, carne e sentimentos. E que ainda assim o aroma seja suave para quem sente.
De tudo existe para quem se dispõe a ver.
Os olhos só podem ver o que se projeta de dentro.

Uma coisa peço: que o amor seja sempre base em todos nós.
E que sejam celebradas todas as formas de amor.

Por Dani Cabrera

8 comentarios:

  1. eu digo "amém"
    Que todas as formas de amor, de amar, de sentir, de ser e de estar sejam celebradas com paz!
    Beijos.

    ResponderEliminar
  2. Obrigado pelo post útil! Eu não teria chegado a este o contrário!

    ResponderEliminar
  3. Bom Despacho, e este post me ajudou muito na minha assignement faculdade. Agradecimentos você como suas informações.

    ResponderEliminar
  4. Simplesmente perfeito... não há o que dizer!!!

    ResponderEliminar
  5. Lindo texto. Parabéns! Te convido a visitar meu blog- amores que o tempo não levará - http://amores-que-o-tempo-nao-levara.blogspot.com

    Serás muito bem vinda!

    Um grande beijo.

    ResponderEliminar
  6. Uauuu!!!amiga eu amei o seu blog...ele é doce como favo de mel..seus textos são deliciosos de ler e reler...serei sua seguidora...e deixarei ele entre os meus favoritos...e tb.virei sua fã...hehehehehehe!!beijos queridaa!!!

    ResponderEliminar
  7. Flor, seu cantinho é tão agradável e seus textos, perfeitos.

    Adorei ter passado por aqui.

    Vou seguir-te!

    Um beijo!

    ResponderEliminar
  8. poRQUE QUALQUER MANEIRA DE AMOR VALE A PENA...

    Acompanhando tudo.

    http://equeroquevocevenhacomigotododia.blogspot.com/

    ResponderEliminar

2019

Echarte de menos en una tarde como esta, sabiendo que vendrás – que en un par de horas entrarás por la puerta de nuestra casa. Por aqu...