domingo, 21 de diciembre de 2008

Do Começo Daqueles Dois...

Ela vai por aí essa noite - só.
E ele, em casa, planejava encontrá-la pra consumar aquilo que se confessaram.
Ela é bonita feito os ipês amarelos que contrastam com os céus da primavera.
Ele tem pinta de último romântico, ouve musica clássica, toma vinho e recita poesias.
Misteriosamente se completam assim.
Ela gosta de ser solidária, e talvez isso o tenha feito se enamorar dela mais rapidamente. Mas pode ter sido também porque ela tem um sorriso precioso que ilumina o mundo inteirinho de uma só vez.
Ele tem aquele jeito de quem já sofreu por amar demais e apostar todas as suas fichas em quem não merecia tanto crédito. E ela tem mãos macias que o fazem acreditar em tudo outra vez. Que o deixa sonhando por noites e noites à um simples toque na coxa esquerda – enquanto confessam seus planos e vontades. Ainda secretos.
Ele sonha todos os dias com os beijos dela.
Ela sabe fugir o olhar quando fica insuportavelmente difícil resisti-lo. E ele elegante não insiste. Porque neste caso os olhos não vêem, mas o coração sente.
E ele sabe ter a paciência de um girassol que durante a noite sabe esperar o sol se erguer outra vez na manhã seguinte.
Todavia ele a deseja, e sabe sentir seu perfume só com o pensamento. E então sente tudo outra vez: as mãos macias dela nas mãos macias dele, a pele doce dela no paladar dos desejos dele, o idioma romântico dela somado ao ar apaixonado dele.
Hoje ela vai sair, só, e vai procurá-lo, mas não vai encontrar.
Porque ele hoje vai ficar em casa tomando seu vinho tinto e perguntando às estrelas como deve ser estar ao lado dela.
Vai fazer muito frio, mas ele vai suportar.
Ela vai sentir falta dele.
E ambos passarão a noite pensando um no outro e bendizendo ao acaso.

Assim tudo vai crescer,
E pode ser que comece um novo Amor.


Por Dani Cabrera

viernes, 5 de diciembre de 2008

Do Que Eu Não Sei Dizer...

Andam por aí me perguntando o que é o Amor.
Logo eu? Mas eu não sei... Ou sei? Não sei.
E o que sei não é nada além do que todo mundo sabe, não existe um monólogo.
Porque um tema assim tão cor-de-água-e-de-todas-as-outras-cores-juntas (...), eu não sei dizer – é o que vem e que vai. De mim. Me sai, sem pensar até.
Se me foi feita a pergunta, lá vai então o que eu penso ser:
O Amor pode ser o bote salva-vidas pra mocinha que, sem saber nadar, caiu do barco num mar revolto.
Pode ser também a brisa fresca que seca a testa suada do peregrino no Caminho de Santiago, e o diz: "Você consegue!" .
Pode ser uma fonte escondida no meio de um deserto.
Um estou-contigo-até-o-fim - talvez - num mundo tão vazio de gentilezas.
O Amor pode ser satisfação. Con-ten-ta-men-to.
Seguramente digo que é Felicidade!
E de todas as suposições e dos “pode-ser”, algumas certezas reúno em mim:
O Amor tem o cheiro de quem tanto quero, é o sorriso embrulhado nas coisinhas doces que meu bem me diz.
É certeza de que o amanhã nos encontrará de mãos dadas.
É a segurança de te encontrar me esperando no saguão com borboletas no estômago.
É esperança-verde-folha ainda que não haja sinal de chuva e que a terra esteja seca.
É oferecer-te meus versos mais bonitos, meus adjetivos, minhas concordâncias tentadas – e não só em papéis. Todos os passos que dou por ti – e contigo – são de poesia inenarrável!
O Amor é sorrir vendo você me mostrar como o dia acordou bonito, ainda que chova onde estou.
É cantar pra ti as cantigas de Caetano, de Toquinho e de Vinícius, mesmo que nem sempre você esteja ouvindo.
É lembrar da tua voz doce no final da manhã, e sem perceber, salgar o macarrão pensando nas razões que tenho pra te querer tanto bem.

O Amor sou eu quando falo de ti.
O Amor é você quando pensa em mim.


Por Dani Cabrera

miércoles, 19 de noviembre de 2008

Daquilo Que És...

Tanto tempo andando por aí, buscando - ou não - uma inteireza dessas...
Um dia chega, senhores, um dia sempre chega se os olhos estiverem atentos pra enxergar primaveras no meio de tempestades.
Um dia a tua paz surge te tirando todos os sentidos maus, e te enche de todas as coisas boas que você nem sabia que existiam.
Coisas que você jamais imaginou sentir, coisas que outrora pensava que eram feitas só para Amélies e Ninos, Thomas e Francines, Eduardos e Mônicas.
Mas um dia, sem que você perceba, alguém te encontra com um sorriso bonito no rosto, um olhar cortês e um coração pulsante, dizendo que você está completamente enganado, e muda teu nome, muda teus dias. E você entra pro clube das Amélies, das Francines e das Mônicas: chegou a sua vez.
Um dia chega, e esse dia chegou.
Eu que nem sabia cogitar que O Amor era essa coisa tão arrebatadora... Não, eu não sabia.
E não sabia porque não era nada além de uma revistinha de colorir intacta.
Havia em mim um rascunho mal feito de qualquer outra coisa prepotente demais pra ser essa mistura sublime que me enche o peito de suspiros. E eu preferia andar por aí chutando pedras nas ruas e preenchendo lacunas. Enchia-me das vontades alheias. E bastava.
Também não sabia que não se tratavam de metáforas aquelas declarações calorosas dos nossos gênios sentimentais. Minha cegueira ensaiada me fazia concluir que era só aquela baboseira-de-poesia. En-tre-te-ni-men-to. Balela...
Não sabia que é possível desejar tanto-mas-tanto a companhia de outro alguém, a ponto de o coração querer correr na frente do próprio corpo. Mas hoje eu sei.
Porque antes eu andava por aí insegura das migalhas que colhia pelo caminho, e hoje, tendo um tesouro sem valor mensurável, sei andar tranquila e segura de que tudo estará no mesmo lugar, me esperando com sorrisos, abraços e suspiros, quando eu voltar.
Um dia, meus amigos, o nosso dia chega nessa vida.
Injusta? Não, a vida não é.
Todos os dias - até os que deixaram todas as suas chances escoar por entre os dedos - recebem uma nova chance de consertar a forma de ver tudo, de esperar os presentes que a vida tem pra dar. Todos os dias. Uma nova chance.
E todos os dias, acontece assim, desviando de pedras e suportando os trancos, sobrevivemos.
(Nada impede quando a vontade é verdadeira, quando não se sabe como fazer, mas existe paciência e força de luta.)
O bonito do Amor é a força que tem, mesmo sendo tão delicado, tão gentil.
Sobrevivemos assim, intactos a cada nova fase, amando mais, querendo mais, acreditando mais nessa coisa imensa que nos toma a vida e dá um novo sentido aos dias.
Pode tudo desabar. Suportamos bombas, boeings em nossas torres, e vendavais... Sempre de pés.
Porque no fim de tudo, saber que minha morada é no teu coração, é o suficiente para que tudo volte a estar em, paz.
Um dia, a tua paz vem pra te coroar: te olha, te reconhece, te segura pela mão e te faz cantar.
Um dia a tua paz vem ornada de flores, de estrelas e de todas as coisas mais lindas.

E é nesse dia que você passa a ser a pessoa mais Feliz do mundo.


Pra você que é a minha Paz.


Por Dani Cabrera

lunes, 10 de noviembre de 2008

Do Dia Que Sempre Chega...

Ei, você que passa por essa estrada – leve um recado pra uma moça de lá.
Quando encontrá-la saberá no mesmo instante sobre quem lhe falo, é a moça mais brilhante que haverá no caminho. Ela exala jasmim e coragem, ela perfuma toda aquela aldeia de chão de terra e de casas de sapê.
Você que me ouve, lembre-se de mim quando chegar lá, e quando encontrá-la andando com urgência - com aquele seu ar de ocupada demais - respire bem fundo para chamar sua atenção (ela sempre está atenta) e quando ela levantar os olhos tímidos pra depois desviar, dê altura suficiente a tua voz e diga a ela que as estrelas resolveram sorrir em sua direção.
Diga que as flores de plástico do jardim morreram mesmo, e que aquilo que ela viu são flores de verdade, desabrocham, mas não murcham.
Diz a ela que o cenário de madeira-papel-e-cola deu lugar a uma paisagem-colorida-e-linda, e que os desertos agora são campos de girassóis e de margaridinhas brancas.
Diz que o último soluço do choro de ontem foi mesmo o impulso do primeiro riso eterno, e que a Felicidade resolveu saudá-la de manhã até que se acabem todas as manhãs de sua vida, e que todos os dias sente saudades dela.
Diz pra ela que as lagartas já não usam asinhas aramadas com papel celofane pra contracenar bons momentos, e que aqueles encantos sobrevoando a sua volta são borboletas de verdade, acabaram-se os móbiles.
Diz que a água agora é potável sim, e que todo esforço valeu a pena, e que tudo ficou bem.
Diz pra sonhadora que o que ela ta vendo agora é realidade.
Diz pra ela que o Amor, enfim..., chegou.

Por Dani Cabrera

domingo, 2 de noviembre de 2008

Dos Encontros dos Olhos...

* Imagem do Filme Paris Te Amo

Num segundo eu esqueço todo o restante da vida.
Congelo em chamas por aquele olhar de amêndoas.


Por Dani Cabrera

Do Que Vale Mesmo A Pena...

Não, eu não busco uma revolução.
Não sou adepta dos varapaus nem das metralhadoras, prefiro uns silêncios, uns sorrisos, gentileza. Não ando por aí defendendo causas nem partidos.
Não tenho a pretensão de mudar o mundo. Mas acredito num mundo de pessoas mais compreensivas.
Não organizo montins nem piquetes por melhores que sejam as intenções.
E ainda assim acredito em dias bonitos em pleno oriente médio.
Acredito em flores que nascem entre pedregais.
Acredito em dias de sol em temporadas de inverno rigoroso, só pra assim derreter a neve que ameaçava fazer tudo sucumbir: dias de trégua.
Mas talvez o mundo não seja mesmo esse aqui, não sei.
Sou da geração que decidiu amar - talvez mais do que o permitido - e que por isso sofre, por isso precisa lutar diariamente, defender as oportunidades de ser completo...
Recebemos dedos em riste, palavras em riste, mas somos fortes e não vamos retroceder.
Não participo de milícias, nem pretendo ir pra rua lutar por leis.
Quero uma vida comum, um jardim pra cuidar e meu bem ao meu lado: já me basta, é o suficiente pra uma vida plena.
Não visto camisa nenhuma senão a da Felicidade e do direito de ser Feliz.
E as minhas mãos não hastearão nenhuma outra bandeira senão a Bandeira do Amor.


Por Dani Cabrera

domingo, 26 de octubre de 2008

Do Que Há de Passar...

Para ler ao som de Le Banquet, de Yann Tiersen,

E sobreviverá...
Porque coração é assim mesmo, senhores, faz e ouve somente aquilo que lhe convém.
Sobreviverá porque desconstruir não é coisa tão simples quando se trata de um Amor como este, cheio de lantejoulas e coisas bonitas, de momentos ímpares, de cumplicidade e de vontade de ir em frente, a qualquer lugar. Apenas ir, ainda que não se tenha intenção de chegar – e não há -, apenas ir pra sempre: junto.
Sobreviverá pela cintilância dos olhos, pelo vento gelado no estômago, pelo peito acelerado, pela vontade de gritar pro mundo inteiro e as galáxias mais próximas ouvirem. Sobreviverá pelas mãos que se buscam, pelos sorrisos que não se pode conter, pelas lembranças eternizadas, pelas vontades insistentes, pelo querer, por ser tão puro. Porque os dias de chuva não duram pra sempre, e um dia novo sempre raia depois de uma noite difícil. Porque o inverno é frio, mas anuncia a primavera, e tudo muda depois. Tudo muda.
Sobreviverá porque até o nosso campo quando seca, e os nossos girassóis quando aluam, permanecem belos e vigorosos, felizes, firmes como o que carregamos no peito; sobreviverá.
Porque eu que antes andava como um cego de olhos e de alma, mas hoje eu vejo cores, vejo a possibilidade de um futuro Feliz, crio sons, crio palavras assim. Porque hoje a minha vida que era choro tornou-se poesia e esperança. Por isso e mais, sobreviverá.

Sobreviverá aos trancos e aos barrancos.

So-bre-vi-ve-rá.
(Porque o mundo ainda favorece o que há de bom, ainda que tarde.)


Por Dani Cabrera

martes, 14 de octubre de 2008

Da Saudade Que Me Dá - Parte II

Quando falo sobre sentir saudades, não falo como quem apenas gostaria de ter-te a vista naquele tempo. Tampouco como na conversa evasiva dos que não dão a mínima para os segundos um do outro.

Quando falo de saudade, falo de corpo tremulante como bandeiras hasteadas, falo de ser como menino com febre decorrente daquele sabiá capturado de resolveu ir viver perigosamente na terra – ou na selva - dos livres-demais. Falo sobre coração apertado, sobre frio em pleno meio dia de verão com edredons europeus, falo de boca seca e de assuntos que lembram um mesmo nome. Quando digo que de ti tenho saudades, não o falo para prender tua alma à minha – uma vez que eu não tenho duvidas de que já está – nem digo pra que a lisonja te acompanhe e crie um ambiente agradável. Isso nem cabe mais nesse espaço vermelho de tanto amor...

Entre as coisas que mais amo nessa nossa eterna história, estão os momentos que você sussurra eu-te-amo-demais com cara de criança levada, quando todos desviam os olhos de nós, e numa atmosfera como a de esconde-esconde, só nos vemos a nós e todos os outros “tudo” convertem-se em “nadas”.
Quando as palavras que só pra nós tem sentido relevante – nossos códigos secretos - nos fazem rir no meio de mil ou dez mil que não fazem a mínima idéia do que se passou. É nesse momento que você é só de mim e eu só de você.
E eu amo quando os teus olhos brilham e refletem os meus e quando teu sorriso se torna espesso e esplendido diante daquelas nossas flores, ou daquelas nossas músicas, ou daquelas nossas letras, ou daquelas nossas cores... Daquelas nossas cidades, daqueles nossos nomes...
Daqueles nossos números.
Dos nossos planos loucos (e lindos!).
Porque és quem me faz a pessoa mais feliz de todas as eras quando, ainda que fabulosamente, me diz que teremos um lugar só pra nós naquele lugar que eu gosto tanto, e quem dia tudo isso vai passar e que tudo vai ficar bem. Minha alma estremece quando da tua boca ouço os planos que tens pra nós, quando dizes que sim - faremos aquela viagem praquele lugar bacana, e que sairemos por aí, quilômetros afora em busca de tesouros perdidos e de campos de girassóis.
Amo a tua voz macia e as tuas palavras de algodão-doce, a textura da tua pele, o teu cheiro e o cuidado com que trata o meu coração.

Ao teu lado sempre será o melhor lugar do mundo.


Por Dani Cabrera

sábado, 4 de octubre de 2008

Da Vontade de Um Futuro Nosso...

Por detrás de tanto, ou melhor, nenhum esclarecimento sobre as coisas essenciais da vida havia aquele botão preparado, pronto pra disparar e contribuir com esperança num mundo tão agorado de coisas feias. Porque um bocado de otimismo não faz mal a ninguém, adirá de sonhos assim como o que ando sonhando mundo a fora...

Porque a saudade é tão grande que chego sussurrar teu nome no setor de xampus do supermercado, te pedindo pra pegar um que sirva pra nós,mesmo sabendo que você não está ali. E não é que seja loucura, mas um ensaio pros dias que estiveres comigo do outro lado do mar. É que o ambiente muda por completo quando o teu nome é simplesmente mencionado, flores quebram a sequidão do chão, nascentes jorram aquilo que de mim você faz jorrar... E nesse instante tudo existe, e eu não sei dizer... Por isso digo teu nome pelas ruas, assim baixinho como costumo falar aquelas nossas coisas no telefone ou no teu ouvido – ou com os meus olhos apenas, e você sabe lê-los muito bem.

Por isso tenho vontade de escrever teu nome em néon lilás e rosa pela cidade inteira, e arrisco escrever a nossa eternidade naquela torre famosa da Cidade do Amor. Te prometo que nossos resquícios estarão por ali também. Por isso todas as flores, até aquelas dos caminhos de pedra, me fazem lembrar você e esse teu sorriso certeiro, meu antídoto pra tristeza. Por isso todas as coisas mais lindas têm nelas o teu rosto e o teu som gravado, o teu cheiro no ar, e aquele teu olhar que eu finjo pra você que não entendo o que quer me dizer.

Enquanto isso, enquanto não estás aqui, vou caminhando assim, deixando um pouco de ti em cada lugar que vou, em cada escada, em cada esquina e nas grades dos prédios que eu ainda gosto de tocar quando vou pela calçada andando e pensando: bobo pela sorte que tive em te encontrar num mundo tão-tão cheio de possibilidades e improbabilidades.
Te achei!
Ainda bem...
Agora estou tranqüilo.
Te celebro dia após dia como se tivesse acabado de te encontrar.

Porque tu sigues siendo mi rayo de sol al amanecer - aunque allá de las fronteras - y tu amor la fuerza que tengo para seguir adelante,por mi y por ti. Por nuestro campo de girasoles. : )


Por Dani Cabrera

lunes, 29 de septiembre de 2008

Dos Agradecimentos... : )


Quero agradecer a cada leitor ¨Do Amor Que Sinto¨ pelas visitas, pelo carinho, e dizer que fico muito feliz com cada comentário, cada contato ou o que seja vindo da parte de vocês. Muito obrigada (!), sintam-se à vontade pra voltar sempre, pra comentar, dar suas sugetões e opiniões, enfim, sintam-se em casa.

Recebi alguns prêmios anteriormente, alguns selos de algumas pessoas bastantes queridas e não procedi como devia nas indicações por não saber ao certo. Mas postei abaixo em ¨Meus Presentinhos¨, na barra lateral com o agradecimento.
Só que dessa vez aprendi. E aprendi com a Bê (doce Bêzinha!).

Quero agradecê-la pelo prêmio e dizer que fico muito feliz porque também sou leitora assídua do dela.
Pelo BLOG Uma Estrela Na Mão, o Amor Que Sinto foi premiado! :D

Intenção do Prêmio:
"Reconhecer os valores que cada blogueiro mostra a cada dia, seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais. Em suma, como demonstram sua criatividade através de pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras e suas palavras."
Condição para recebimento:
. aceitar e exibir a distinta honra.
. linkar o blog do qual recebeu o prêmio.
. indicar 15 blogs para o prêmio.

Bom... E aqui vão as minhas indicações. São BLOGs realmente muito bons, e tenho certeza que gostariam de dar uma passadinha por lá.

Minha Lista de Premiados:
- Persona Non Grata - Natália Anson Lima
(Pra gente que sonha com campos de girassóis, futuro bonito, abraços apertados, sorrisos largos...).
Beijos Naty!
Adoro você!

- Uma Estrela Na Mão - Bê Lins
(Delicadeza. O BLOG da Bê é uma graça! Ela tem uma Estrela na Mão e um Sonho no Céu).
Beijinhos Bêzinha!
Você é um encanto!

- Olhando Pra Grama - Igor Lessa
(O BLOG do Igor é maravilhoso! As Crônicas de Um Ansioso. Textos inteligentes demais, chegam a deixar a alma estremecida).
Beijos Igor!
Ainda vou ouvir muito faar de você. Você é um talento!

- Caixa de Anadora - Ana Luisa
(A Ana é uma amiga. E o BLOG dela é excelente também. Um BLOG de quem está atento às mensagens que a vida tem pra nós. Ela não deixa passar nada!).
Beijos Ana!
Quando eu voltar de viagem vamos tomar o nosso café! :P

- Epifânias - Rodrigo Rudi
(Dores transformadas em frases. Frases transformadas em diamantes. As Epifânias de um menino).
Um abraço Rodrigo!
Gosto muito dos teus textos.

- Olho de Vidro - Mogui
(Ela é novinha mas é um talento! Além de ser um amor de menina).
Um beijão pra você Moguinha!
Você é muito querida!

- O Grilo Pensante - Felipe Santos
(Forjado na revolta e lapidado com o Amor. Com vocês: Felipe!).
Beijos Felipe!
Saudades de você!

- Ka Entre Nós - Karine Smith
(A menina-coragem! Seus textos são ótimos.)
Beijos Karine!
Saudades de você também!

- Insights - Sophia Eugênia
(Gosto muito dos textos da Sophia. Connheci há pouco mas estou amando!).
Beijos Sophia!
Seja muito bem-vinda!

- Cita & Pense - Oscar Luiz
(Um excelente BLOG de citações).
Grande abraço Oscar!
Gosto muito do teu espaço!

- Super Ziper
(Um BLOG sobre moda e artesanato, onde duas amigas - uma em Sampa e outra na Inglaterra - escrevem sobre manualidades. Lindo o que elas fazem.)
Beijos pra vocês!
Parabéns pelo trabalho excelente de vocês!

- Trancage - Gustaf Yeratot
(Agradabilíssimo! Textos excelentes também).
Um beijo Gusta!
Me gusta tu! :D

- Sara
(Não encontrei o nome do teu BLOG Sara. Me passa teu sobrenome pra eu te linkar).
Mil beijos!
Permaneça amando!


Beijo à todos e até mais! : )

jueves, 25 de septiembre de 2008

Da Estação Interna

No total, o lugar parecia um pouco carregado.
Mas as seis horas chegariam, e depois as sete e sairia porta a fora. Saiu.

Lá fora um lugar diferente com um ar diferente, mas agora nem tanto assim: umas pessoas indo, outras vindo e o tempo passava pra algum lugar que eu não sei. Caminhava entre eles sorrindo pela estação mais colorida de todas que chegara do outro lado do mar - onde deixara seu coração - mas os outros pareciam não ter o mesmo motivo porque caminhavam na estação – também bonita – das folhas secas, dos céus cinzas e das roupas chiques: um preparo pro inverno.
Ia na rua de cabeça erguida e semblante de satisfação, como se fosse o dia de seu aniversário e o mundo inteiro planejasse uma festa surpresa que ele já havia descoberto, mas se mantinha em silêncio esperando a melhor parte. Tudo em perfeita harmonia, e eu não sei se porque realmente estava assim, ou era aquela tendência de que tudo fica sereno demais lá fora quando aqui dentro vai tudo bem. Um ¨bem¨ como aquele que sentiam com aquelas sensações que um causava ao outro: uns frios no estômago, uns sorrisos fora de hora, uns pactos que os fazia estar de mãos dadas mesmo à sete mil quilômetros de distância.

Catou nos bolsos algumas moedas, alguns centimos de euro, e parou na primeira cabine telefônica que avistou – gostava de fazer assim. Achava clássico, era meio bobo, dançava em seus passos feito Fred Astaire. Gostava de dizer sobre a criança que brincava na outra calçada, e como estava o céu, dizer dos velhinhos sentados nos bancos das praças tomando sol e das pessoas que se assentavam nas mesinhas dos cafés pra dizer ¨palavras de um futuro bom¨ – permita-me Flausino. Narrava coisa por coisa. Gostava de sentir como se estivessem juntos ali, no mesmo lugar. Era então os olhos de seu bem.
Discou aqueles pares de números que suas mãos poderiam discar até com os olhos fechados e pensou em cantar I just call to say I love you...,mas apenas sorriu baixinho quando ouviu aquela voz: esse foi o seu ¨alô¨.
Ai as saudades de sedes-desérticas!
Ai, o alívio quando se ouvem!
Quando do outro lado seu benzinho atendeu, foi como se mil estrelas se mudassem pra dentro dos seus olhos, e um panapaná despertasse em seu ventre... a saudade aumentava e diminuía ao mesmo passo e isso eu não sei explicar. Uns pares de novidades, umas palpitações, umas palavras doces. Os centimos se esgotaram mas quase satisfeito foi-se. Olhando pra cima e comprimentando até aos cãezinhos nas ruas. Sorria feliz. Sorria sincero.

Pelas ruas ia caminhando e vendo gentes e mais gentes, uns que só de olhar sabia que eram felizes, talvez assim como se sentia. Outros pareciam cansados demais pra toda essa baboseira de Amor – sim, a baboseira que o salvou dos dias preto & branco -, talvez tenham se cansado e marcado uma opção qualquer, de olhos fechados. Não sei...

Mas era primavera e isso de verdade importava, o primeiro dia da estação das flores.
E ia, agradecido por ter um amor de verdade em ruas de outono e de primavera interna.


E todas os Girassóis disseram amém! : )


Por Dani Cabrera

miércoles, 17 de septiembre de 2008

Dos Pontinhos Que Me Lembram Você...

Olhando assim do alto parecem numerosas ao triplo.
Dá a impressão de não haver céu, somente estrelas: pontinhos e pontinhos luminosos. Olhando daqui de cima tudo fica pequenino demais; ao longe Marraquesh, algumas ilhas (Cabo Verde, Tenerife, Gran Canária...) mas não as posso ver – algumas luzinhas apenas - porque apesar de tudo é noite. Tudo é negro demais além dos pontinhos de prata no céu. Se não fosse noite não falaria de estrelas, mas das nuvens, de como o dia é lindo visto de perto. E o mais irônico é que poucas pessoas podem perceber essa beleza toda de um dia de sol. Porque visto debaixo é preciso saber enxergar através de maus tempos e poluição, mas num conjunto, enfim... não importa.
É bonito ver assim na noite daqui de cima, estrelas que não sei se alguém nesse mundo as sabe de cor, uma a uma. Também é bonito olhar pro que não se vê e ainda assim sentir-se grato mesmo sem avistar o que se quer.

Porque o precioso maior está do lado de dentro.
Essa alegria toda, essa felicidade desmedida que um certo par de olhos-de-castanha – do alguém que me espera em cólicas - me dá. Esse contentamento. Essa paz pra ir, sentindo a dor da saudade, mas nem de longe da incerteza: estou em paz pra ir e voltar, e encontrá-los – tais olhos - no mesmo lugar, mais luminosos que o brilho de todas as estrelas que vejo juntas, me procurando, procurando encontrar os meus.

Olhando assim do alto lembro desse brilho que brilha em mim e me faz notável. Atento para como tudo que é grande só é grande porque escolhemos assim. Porque as estrelas são gravemente importantes pra muitos, mas pra mim são artifícios apenas, cenário e lembranças.
São graves pois, agora que me lembram que ao longe, em terra firme, meu bem aguarda boas notícias, um eu-já-estou-morrendo-de-saudades, eu-te-amo-pra-vida-toda, vem-comigo-na-próxima-vez-me-promete-isso e coisas do tipo.

Olhando assim, cintilantes, vibrantes – como nossos encontros - são belas.
Decididamente belas.
Delicadamente, nós.


Por Dani Cabrera



¨...just like a star crossed my sky...¨. (Corinne Bailey Rae)

viernes, 12 de septiembre de 2008

Das Semanas Próximas...

Poderia ser sobre a saudade que vou sentir de ti antes mesmo de largar as tuas mãos beijadas pra pegar aquele vôo que me vai levar pro outro lado do mar por uns dias. E sobre como vou me apoiar nos teus detalhes que levarei comigo, na lembrança da tua voz doce, nos telefonemas no meio do dia...
Poderia ser sobre como vou lembrar você a cada passo que der naquelas ruas de pedras que os teus pés AINDA não conhecem – prometo que um dia todas aquelas ruas serão tuas – e a brisa constante do norte soprando meu rosto, como quisesse consolar a falta desses teus ares (até o cheiro da tua respiração melhora meu dia). Também não vou falar do sonho que ali só existe se for ao teu lado, nem da forma que em cada muro vou fazer escrito o teu nome; nem dos restaurantes que vou ensaiar te ter ao meu lado, nos cafés, no cais.

Caminando voy, a te procurar em cada praça, onde é constantemente primavera, e nos encontrarei sentados nos bancos olhando pra tudo e sonriendo bonito, buscando qualquer detalhe que nos faça justificar o sorriso abobado de satisfação. Confesso que meu coração quer ficar ao teu lado (onde pra sempre estará), mas de ti levarei todos esses teus gestos, tus sonidos e teus aromas, e por onde eu passar tudo será preenchido de ti, das tuas cores e dessa coisa imensa que chamamos Amor.

Te levo comigo por onde quer que eu vá.
POR SIEMPRE.
(Como combinamos!)


Por Dani Cabrera


"...se ayer tuviste un día gris, tranquila, yo haré canciones para ver si así consigo hacerte sonreir". (Alex Ubago)

sábado, 6 de septiembre de 2008

Das Tonalidades Que Faltavam...

Um tempo e meio depois veio a entender a razão dos outonos.
Percebeu que a primavera só viria depois que tivesse – ou se tivesse - força o suficiente para aceitar – e superar! – uns dias amenos de inverno. Entendia, pois, o motivo dos breves dias de chuva, das lágrimas que semeava por sorrisos que, se tivesse sorte com o acaso, colheriam pro restante dos seus dias. Mas antes disso era preciso suportar algumas ausências. Uns hiatos.
Contudo, existindo seguia.

Agora tudo fazia sentido!

Agora entendia o motivo de tantas telas brancas amontoadas, sem um risco sequer de cor. Entendia a coleção quase esquecida de pincéis que de tão limpos afligiam. Paletas empoeiradas sobre as prateleiras do sótão: de si.

Depois de tantos silêncios e desencontros, seus olhos voltaram a falar. Encontrou, senhores, a aquarela de sua vida, que derramou cor e vida (e paz) às telas outrora vazias e às paredes sem graça; pintou o teto do (meu) mundo com a cor do seu amor.
Trouxe afeto e nuances novas à todas as coisas daqui e dali, ou de onde quer que passasse aquele par tão cúmplice.

(Teu sorriso tem a cor do meu contentamento).


Por Dani Cabrera

viernes, 5 de septiembre de 2008

De Como São Belos Assim...


Tem dias que não lhe sai nada além de sorrisos.
Satisfação, senhores, satisfação.
É que tem dias que se sente tão completo, tão inflado de coisas boas, tão desabrochado, que não saem nada além de satisfações silenciosas. Sorrisos abobados.
Gratidão ao inexplicável que tramou a descoberta do Amor.

Porque é tão bonito quando eles se encontram.
É bonito quando caminham assim - lado-a-lado - deixando pedaços seus em cada esquina, pétalas de ambos, aroma de felicidade. E também é tão bonita a forma que os olhos deles se olham e brilham sem notar, esboça-se o sorriso mais entregue e o ar mais leve.
A gravidade vai embora. Nada é grave.
Porque são belos à luz dourada do sol em despedida, ou à luz incandescente da casa de amigos. São belos pela luz própria que têm e que irradia a todo instante. Gostam de ficar juntos porque são mais fortes e podem ir à qualquer lugar, são tão bonitos assim. São Completos. São Inteiros.
Ao se despedir – que dolorido é! – partem assim: cada um dividido na mente, no coração e no querer. Seguem na rua, com os rostos ainda ruborizados do beijo urgente - pela saudade que segundos depois já desponta no peito de ambos – e que ecoa desde a pele até o coração-mole-de-amor.

Atentem: não há nada pior que vagar por aí, amputado, dividido com a incerteza. E dessa dor já não sofrem mais – sofriam, mas agora não mais.

O amor existe, senhores, não é fábula, e é o antídoto pra toda dor do mundo. É preciso estar disposto a superar as tentativas frustradas, é preciso acreditar no que normalmente não se acredita. Porque o amor não se encontra assim – e quem sou eu pra dizer como é que se encontra o amor – de uma forma que eu não sei como. Deve ser num momento desses que decidem nos dar uma colher de chá, às vésperas da desistência total. E desistir totalmente não pode ser algo forjado. Nunca é.

O Amor aparece quando a esperança se vai, e é sempre assim: quando não o procuramos. Foi assim com o par que vos narro. São tão plenos: tenho certeza que gostariam de conhecê-los.

E por isso ele tem em quem pensar ao som da música-de-sonzinho-gostoso-na-estação-do-metrô enquanto espera. Por isso, depois dele, ela se fez tão doce como nunca antes.
Ele não sonha mais aqueles “sonhos (tristes) sozinhos” que só os deseperançados sonham, e sabe que tem um par de mãos que estarão agarradas com as suas até o fim de qualquer coisa que se entenda como fim – apesar de não acreditarem mais no “fim” de nada depois que se encontraram.

Desde o dia em que se viram se amaram, e todo tempo do mundo é pouco demais pra que se tornem opacos aquele par de corações cintilantes.

Por Dani Cabrera

miércoles, 27 de agosto de 2008

Do Meu Amuleto Da Sorte...

O louva-deus que vem trazer as boas notícias,
O sol à pino no feriado prolongado,
Os olhos fechados e o pedido antes de soprar a velinha,
O trevo de quatro folhas que nasce entre as mudas de girassóis
E a flor que confunde o chão de pedra;
O palito de picolé premiado,
Sol e chuva: arco-íris sobre nós.

O treze,
A sexta-feira treze,
Da Mata e Ben Harper,
A borboleta pousando no ombro,
A nadadeira da sorte do Nemo,
O cílio colado no polegar após o desejo,
O “zerinhoum”, cara & coroa,
Sementinhas de lentilha sobre a mesa na virada do ano,
A champagne, o branco,
Os fogos, o vermelho então...

Sorte mesmo foi o que tive quando te encontrei
No meio de tanta neblina e vontade de desistir...
Mas as tuas mãos me deram um bom motivo pra querer ficar.
Desde então todas as nossas cartas são ás de copas
E ando por aí nomeada porta-estandarte da felicidade!

O teu sorriso me dá a sorte que eu preciso pra ganhar o mundo.
Entre nós, todas as pétalas são de bem-me-quer.

Por Dani Cabrera

sábado, 23 de agosto de 2008

Da Saudade Que Me Dá...

Às vezes dá um vácuo no peito.
Como se meu coração fosse uma sala vazia: empoeirada, sem sofás nem estantes.
Pé direito bem alto, janela entre-aberta, cortinas brancas feitas de véu. Sim, véu de maio. Um lustre de cristal bem grande no meio de tudo - só pra ruir ao vento que entra pelas frestas da ventana, e que percorre os lugares pouco notados do cômodo aparentemente vazio - fazendo voar os pedaços do véu de maio. Poeiras já para os cantos...
Nessa hora você me dói, meu bem. Mas não é dor de sofrimento senão de muito querer.
E é nessa hora que eu suspiro de saudades de ti, me levanto então e planejo te ver (vou ao teu encontro)!

E não é que eu queria sustentar o já sustentado à mel e gotas de prata, mas a linha reta que combinamos seguir até o fim, quer dizer "oito-deitado" - como diria meu par de borboletas preferido -, e não impulsividade de gente inconstante. Porque há quem seja afoito demais, e que pelos medos que têm fazem promessas que não podem (e talvez nem querem) cumprir. Daí machucam. E mudam de idéia, assim como a mudança de tempo que causa tempestades perigosas de verão. Sim, as que inundam e desabrigam!

Mas aqui não é assim, meu bem.

Desde que te encontrei você me faz falta quando não te tenho aqui, e meu único medo era não ser bom o suficiente pra te acompanhar.
Mas você me amou também e me fez ver que sou quem você esperava.
E ficou tudo certo, agora não há mais medo algum. Agora somos nós - entrelaçados nos corações.

Quando a saudade me sufoca, a tua voz (ao telefone, que seja!) me traz um fôlego novo. Os planos e encontros relâmpagos, ou o que seja. Mas que seja!

Eu amo a tua mania de salvar meus dias!
(Porque nenhum dia é perfeito sem te ter).


Por Dani Cabrera


"...vai minha tristeza, e diz pra ela que sem ela não pode ser. Diz-lhe numa prece que ela regresse, porque eu não posso mais sofrer. Chega de saudade, a realidade é que sem ela não há paz, não há beleza, é só trsiteza e melancolia, que não sai de mim, não sai de mim, não sai...". (Tom Jobim)

miércoles, 20 de agosto de 2008

Do Composto Só de Nós Dois...

Ah, se todos soubessem o que se passa por aqui.
Entenderiam que não é loucura o que me faz ter ganas de pular o mais alto que eu puder, que me faz ensaiar campos de girassóis no jardim de casa, atrasar todos os dias de manhã, por ensaiar L'Autre Valse d'Amélie (a canção que nos narra). Porque pode ser aquele o dia em que aceitará fugir comigo para todo o sempre. Ainda teremos um mundo só nosso, te prometo isso, com pinceladas de cores que nós bem entendermos!

E se essa minha vida fosse um livro, desses que contam histórias de pessoas como essas que andam por aí, tenho a certeza de que o capítulo mais bonito teria o teu nome em letras bem grandes e desenhadas. E dali em diante, todas as páginas teriam o teu perfume e o mesmo toque de seda das maçãs do teu rosto, por vezes ligeiramente amassadinhas – mas isso nós sabemos resolver. Um olhar daqueles que só nós sabemos dar, ou dois – mas se forem dois, logo em seguida vem o sorriso tímido no canto direito da boca insaciável... Um, ou dois, ou três toques nas veias nem tão calmas das tuas mãos, e um eu-te-amo-muito-e-vou-ficar-com-você-pra-sempre já é o suficiente pra fazer parar por três segundos o coração que dividimos: metade de um todo em mim e a outra metade em você. Assim estamos unidos para sempre e sempre e sempre. Como desejamos.

E assim como tenho dividido o coração, senhores, quero dividir com aqueles olhos a minha vida inteira! Meus sorrisos roucos numas vezes, estridentes noutras vezes... Até os choros que vou abafar pra que ninguém note – ninguém além daqueles braços. E não é que eu necessite do artifício drama para atrair sua atenção, mas entendam que, quando o amor é amor mesmo, daqueles que arrebatam a alma com força - duas vidas se tornam uma e se sabem a todo instante.
A verdade é que te quero em todo o tempo, e pra você quero ser alegria, e amor: pra ti, meu bem, quero ser a tradução da felicidade que nem chegamos a sonhar um dia. A felicidade que eu sinto por te ter aqui comigo, num mundo tão cheio de acasos pessimistas.

Eu que sou tão comum, tão igual a tudo e a todos, mas que trago as letras do teu nome costuradas nas minhas paredes internas. Eu que agora não sou mais tão só.
Eu, que de andante, errante aqui, ganhei um mundo inteiro quando o teu desejo de me abraçar (leia-se me ter pra sempre) era tanto, mas tanto, que a tua vontade, confessada tempos depois, era de fugir dali com pressa. Fugir porque ainda era daqueles que acreditam que o amor é uma flor roxa. Mas eu te trouxe um buquê amarelo de girassóis e de alegria, te trouxe toda a ternura que tenho, eu não te deixei ir.
Te segurei e te trouxe pra um lugar seguro e só teu. Aqui é a tua morada desde então.

E depois de você os meus sorrisos são mais sinceros.
O meu sorriso meu bem, agora lê-se assim: Sim, eu encontrei o amor!


Por Dani Cabrera



"...I get so breathless when you call my name...". (Corinne Bailey Rae)

miércoles, 13 de agosto de 2008

Do Dia Em Que Tivermos Uma Varinha de Condão...

Diante das nossas impossibilidades, um pedido faço a Deus:
Que esse nosso amor perdure enquanto houver enquanto. Enquanto houver azul.

E por enquanto vamos caminhando assim, olhos que se iluminam e se banham em brilhos no despontar de nós em cada ponta da rua ou da esquina, passos trás passos – progressivos de saudades – mal se esperam, um perfume de canela no ar manso. Mergulham um no outro então, e rindo de qualquer palavra que a boca do outro decida dizer. Ali, e assim, nada mais no mundo é tão importante ou urgente, saciam suas sedes, um encontro de mãos...
O ruim mesmo é despedir-se.

Mas um dia...

Um dia desses ainda teremos uma varinha de condão, e num passe de um-dois-três somado à geléias de morango, eu poderia seguir ao teu lado por todos os dias sem infortúnio algum. No nosso sempre um-dois-três, me transformaria numa ladybird e me esconderia debaixo dos teus cabelos, num lugar que tem um cheirinho que ninguém mais tem.

Um dia ainda teremos uma varinha de condão – só mesmo pra completar o enredo desse nosso conto: de fadas. Porque aqui, na vida – antes seca-dura-fria, mas hoje suave-macia-branca – esse amor que acelera nosso peito é o suficiente para uma eterna historinha de bem-querer.


Por Dani Cabrera

Te espero para ver se você vem, não te troco nesta vida por ninguém. Porque eu te amo, eu te quero bem... (Tim Maia)

miércoles, 6 de agosto de 2008

Das Razões Que Tenho Pra Sonhar...

Ali está.
Pra todos aqueles que desejam saber por onde andam as minhas motivações, apresento-lhes a minha razão de querer envelhecer olhando o céu. E não me venham julgar, tampouco massacrar minha possibilidade, minha oportunidade de ser feliz assim como sempre precisei. Como na verdade sempre mereci. O amargo nunca há de sobrepor o doce.

Ali está, senhores!

O meu então motivo de permanecer voltando sempre, incansavelmente. Um motivo feito de doçura, parecido com aquele de crianças, ao descer da roda gigante que paira, e corre mais uma vez para o final da fila - em êxtase - um ciclo interminável de satisfação. Entendam: é que ver o azul intocável de perto é sempre um afago na alma.

E se quiserem entender mais a fundo, percebam as criancinhas ainda mais intensas: quando chegam ao topo, no mais alto que podem, fecha os olhos pra sentir a calmaria que acaricia o rosto, a luz que adentra por algum lugar que não se sabe onde, uma vez que os olhos não olham pra fora, mas pra tudo o que possa existir num registro – ou anseio - interno. E talvez seja dali que vem a luz mais forte a se ver. De presente, se ganha a satisfação em sonhar meio a vida real, com brisas de mãos macias soprando leve, sobre os cílios, as maçãs do rosto, os olhos fechados...Em momentos assim, é que se descobre a possível relação entre sonhar acordado, entre a realidade “tão, mas tão boa”, que mais parece sonho.

Quando encontrei meu motivo, saibam que senti a brisa que há anos senti naquele parque de diversões que hoje já não existe mais. Um sonho real que terminou compensado – superado até – com a presença de meu bem, que apenas ao me chamar o nome me faz voltar a sentir todas aquelas coisas boas que só as crianças podem sentir.

Eis aí, a razão de o meu permanecer. Minha vontade de vida, um assombro bonito que me faz brotar flores no peito - no meu que digo e no teu que lê - um feixe de luz que me deteve, iluminou medos, adoçou meu agror. Com algumas pinceladas de afeto derrubou meus muros e pintou um sorriso bonito no meu rosto outrora cabisbaixo.

Invadiu minhas reservas e salvou a minha vida com urgência.

Por esses e por outros infinitos motivos senhores, apresento-lhes a minha felicidade!

Apresento-lhes então, o amor que sinto.


Pra vida toda, e pra eternidade: como combinamos!


Por Dani Cabrera

domingo, 3 de agosto de 2008

Do Bem Que Isso Faz...

No início era assim.

Andava pelas ruas, pelas tardes, pelas madrugadas a procura de um acaso qualquer, buscando qualquer coisa que abafasse aquela falta. Chutava pedras e colhia amigos, plantava flores, regava flores, colhia flores... Mas vivia num mundo monocrômico. As únicas cores que apresentava além do preto e do branco, era o amarelo do sorriso que deitava sobre o mundo e sobre os “seus” que não eram seus, e o verde-esperança-imorredoura da confiança que aquele par de olhos seriam os olhos que, de um dia qualquer para a eternidade, seriam os primeiros olhos que veria por todas as manhãs de sua vida. E por essa esperança não amargava – era doce.

Toda a manhã atravessava everestes e mais everestes num rito e criava em sua mente uma lógica que pedia a alguém no céu para ajudá-la a conseguir – uma estrela qualquer que resolvesse brilhar sobre seu querer... Sempre que cansava, ouvia a voz rouca de Renato dizendo “espera que o sol já vem...”.

Tornou-se amiga de borboletas, de girassóis, de sabiás e de joaninhas.Sorria para o céu e acenava para a lua. Preparava um mundo novo, ensaiava sua felicidade com gente bacana, amigos que preferiam falar sobre si e não sobre a vida alheia. O amor que sentia, desde o dia em que brotou, passou a ser útil não só naquele peito, mas no peito de quantos quisessem ouvir aquelas coisas que costumeiramente dizem os que amam apaixonadamente. Estava ali. Sem gravidade, via um mundo mais limpo, porque assim o fazia.

Amou, amou e foi bom. Viveu em busca da felicidade. Acreditava em potes de ouro no fim de arco-íris. Porque a verdade que escolhia era a verdade que o fazia bem, que não magoava aos que decidiam acompanhá-lo. Sabia sobre todas aquelas “manhas” dos espertalhões do mundo moderno, mas por estilo de vida adotou a ingenuidade.

Caminhava assim, serenamente, seguramente e com o coração em cambalhotas!


Este que descrevo é esta mesmo que voz fala.

Obrigada meu bem, por mudar meu mundo!


Por Dani Cabrera

sábado, 26 de julio de 2008

Dos Olhos Falantes...

E o silêncio dela gritava através daqueles olhos castanhos, um pouco mel, um pouco amora. Aquele grito silencioso dizia todas as coisas que ela queria dizer, mas não conseguia, ou não podia – ainda! E na espera do dia oportuno sonhava com o momento em que a suas vidas se uniriam de uma vez por todas, em corpo em alma e em pó. Sonhava com o quintal que teriam naquele lugar novo, com as flores que marcariam o caminho até a porta, com aquela vinha nos fundos do quintal e aquelas janelas com cortinas de seda branca, que tocadas pelo vento dançam. Mas aquele silêncio gritava e saía dos olhos brilhantes, e entrava naquele outro par de olhos, e abraçava-o, sacudindo-o, dizendo: Sim! O que eu sinto é AMOR!

E desse amor, o mais soberano era a capacidade que tinha de querer sempre a mesma pessoa o tempo todo, sem pensar numa segunda opção. A necessidade de fazer sorrir aquela pessoa que, para ela, era a pessoa mais interessante de todos os tempos! Porque para sua vida, aqueles outros olhos já lhe bastavam como felicidade plena. E nenhum outro lhe tinha com tanta propriedade e vontade de ser assim.

Por Dani Cabrera

jueves, 24 de julio de 2008

Do Ponto Zero... (A Necessidade de Evoluir)

Dê teus passos, meu bem!
Porque aqui dentro tudo é urgente demais. Está a cada dia mais difícil não te ver despertar pelas manhãs, ou da cochilada no meio daquele filme “assim-assim” que decidimos ver só pra deitarmos em paz. Anda meio complicado não ter o teu sorriso como a primeira paisagem que vejo no dia. Mereces o título de oitava maravilha do mundo! E eu, que só faço reluzir esse amor, quero por noites e noites e noites, velar teu sono e descobrir em ti enquanto dormes aquele cabelo que ameaça esbranquiçar, aqueles poros mais abertos, os cravinhos que ao amanhecer perderão a timidez. Ouvir tua respiração, profunda como o teu sono – será que sonhas com nós dois então? – esses suspiros disfarçados, tua satisfação por ter (a mim) o teu amor na palma da tua mão macia, ou do teu coração, você é quem escolhe.

Sabes que sou amante da juventude e que amo observar os velhinhos, mas só assimilo envelhecer se for ao teu lado.

Não demore mais, meu amor!

Porque as noites são frias demais, e Amarante tinha razão em dizer que o sereno dói, o meu corpo inteiro estremece de saudade. E te confesso que sim, que estas gotinhas de melancolia até que reluzem belas, prateadas em mim. É contigo que sonho todos os dias, manhã, tarde e noite, dormindo ou acordado – até quando não sonho!

Tenha dó, dê teus passos!

Porque sei que tuas noites doem tanto quanto as minhas, e porque sei que sou o teu amor e que minha ausência te é fria.

O teu rosto eu já decorei. Tua voz eu sei de cor. Estás em mim e em tudo ao meu redor o tempo todo. Confesso-te: viver sem teu cheiro não dá mais.

Falta apenas teu sim pra que eu seja um estandarte de plenitude.

Agora vem e consuma!

Demora não...


Por Dani Cabrera

martes, 22 de julio de 2008

Da Gramática Infundada (Parte II)...

Há umas meias-noites atrás, meu pensamento – que pulsa e voa – percebeu um equívoco da parte dos mestres na tangente “substantivo concreto e abstrato”. Ah, se eles nos conhecessem: nunca mais classificariam “amor” como abstrato! Sim, ele (o amor) tem a tua e a minha forma.

E hoje, cá com meu amor por ti, descobri que esta palavrinha de quatro letras não se pode conjugar em todos os tempos verbais. Não conosco! Vejam bem, senhores!

Porque [...] amo: correto, eu te amo sim, e com toda a força que tenho e hei de ter!

Amarei: correto outra vez, e o farei por toda a minha existência.

Ame! – é o que tua doçura me ordena mesmo sem nada pedir.

Mas o pretérito...

Em nada cabe desde o dia em que encontrei teus olhos! O passado diz só de como era morna a vida sem você, do sorriso opaco e sem graça que eu, sem escrúpulos – sem vergonha alguma – insistia oferecer ao mundo. Uma vida de pouca cor, de pouca fé de pouca esperança. Eu andante, e o quanto as estrelas do céu almejavam nosso encontro: definitivo, como combinamos! O amor nunca há de ser conjugado no pretérito, nunca será subjuntivo, nunca será condicional. Não o nosso!

Meu amor por ti é como o teu por mim: é claro, é presente (crescente) e futuro. Se conjugado no futuro do indicativo (... quando eu te amar) deve apresentar um sinal de soma para os informais, e um “mais” com “i” para os mais didáticos, ficando: “Quando eu te amar mais (ou +)”. Por mais que eu permaneça não entendendo como essa coisa enorme continua crescendo e cabendo no meu peito.

No futuro do pretérito: esse sim entre nós não tem finalidade alguma! Só não te amaria se não vivesse, porque até antes de te ver os olhos, os meus sonhos já era povoados pelo teu perfume e pelo sorriso mais lindo do universo!

Você é quem me faz ver tudo com olhos mais seguros e mais otimistas.

É quem me faz lembrar das questõezinhas de sexta série como se fosse matéria de ontem!

Quem me amolece o coração com um tom de voz mais manso, quem quero dar um buquê com todos os girassóis do mundo, os que existem e os que existirão.

Então é assim.

Ficamos acertados: no presente e no futuro estará o nosso amor. Nunca será passado.

Porque a cada dia que acordo, te amo com tanta força que me sinto como tivesse acabado de te encontrar.

E como dizem aquele par de anjos que me fizeram acreditar em sonhos realizados: ficarei aqui me apaixonando por ti por toda a eternidade!*


Por Dani Cabrera


* Trecho do texto de Natália Anson Lima – Persona Non Grata

sábado, 19 de julio de 2008

Do Dia Que os Ares Sorriram...

Amanhã o céu estará especialmente azul pela manhã!

E ao som de Aquarela, a primeira metade do dia transcorrerá. As nuvens suspirarão orgulhosas e contentes de si e do que vêem de tão pertinho. Desejaram tanto, olhando lá do alto... Enfim, merecem! Amanhã os pássaros vão desejar voar mais alto, e as borboletas pousarão sobre os girassóis pra observar as nuvens. Os girassóis por sua vez, olharão para toda a extensão do céu buscando o norte. E eu sentada na beira do rio, observarei o céu até quase a metade do dia. Amanhã os lugares mais bonitos quedarão ainda mais lindos, os mares estarão mais mansos e as águas mais cristalinas naquele lugar. As dunas parecerão desenhadas com lápis de cor, e ao cair da tarde os pássaros levarão pra lá o meu sorriso, embrulhado num papel lilás com dois ou três morangos...

Amanhã, no paraíso tropical dos moços do outro lado do mar, será primavera e não mais inverno em pleno mês de julho. E a cada passo que der nascerão ramos e mais ramos de Flor de Liz, ainda que no sertão, ainda que no chão de pedra. E aqueles jasmins serão, de esquina em esquina, os mais perfumados deste planeta e de qualquer outro que possa haver jasmins...

Amanhã o dia vai despertar já acordado, apreensivo, como o menino que desperta na véspera de natal à espera do presente. Amanhã os ventos e vendavais serão todos “brisa fresca”.

Amanhã a saudade virá. Mas antes disso, até o meio dia, a terra inteira vai cantar a tua música predileta só pra te ver sorrir! E daqui eu vou aproveitar toda esta sinfonia de olhos fechados, e por momento ou outro vou abrir os olhos e sorrir.


Por Dani Cabrera

viernes, 18 de julio de 2008

Do Outro Lado da Esperança...

Daquela viagem, para cada alguém eu trouxe uma lembrança:
Além da alma brilhante e dos sorrisos estirados, das histórias nos cafés espanhóis e das “retondas” ornamentadas, trouxe pra cada um o pouco que pude dos lugares que andei.

Pro alguém que hoje colore a minha vida, não trouxe nada além de um ou outro agrado.O principezinho da rosa e dos baobás diria – como aprendeu com sua amiga raposa – que era porque pra mim aquele sorriso era como cem mil outros sorrisos. Ainda não me havia cativado.

Mas dias, poucos dias depois, foram suficiente para que recebesse o mais precioso de mim:

Praquele alguém eu não trouxe as mantas de toureiros, castanholas nem sacolas.

Pro alguém que digo, senhores, reservei o meu coração.

Para SEMPRE, como combinamos! : )

lunes, 14 de julio de 2008

Da Gramática Infundada...

Sentada na pedra na noite de domingo, conversava sobre coisas da vida com um amigo dali.

Falávamos sobre as últimas happy hours, sobre divergência de opiniões e algo em comum, sobre uma palavra que dá sentido às vidas: o amor.

E no meu vocabulário, quando dizem a palavra A-M-O-R, sem precisar consultar em qualquer almanaque, eu já tenho definição perfeita. Quando se toca nesta palavrinha de quatro letras, é como se a minha alma subisse bilhões de léguas por cada letra dita, fazendo enganosa as aulas de português que me definiam sobre substantivos concreto e abstrato. Por anos me ensinaram que amor é um substantivo abstrato. Mas desde aquela primavera – que pra mim foi o inverno mais rigoroso da minha vida, eu aprendi que amor é um substantivo concreto, e muito concreto!

Sob a definição do “desenha / não desenha” estavam errados: todos os teus traços estão melindrosamente gravados na minha mente. Todos os dias pinto quadros teus e cravejo com borboletas de seda, girassóis de cetim e fitas de todas as tuas cores...

Sobre o “poder / não poder tocar” fantasia deles: as nossas mãos não deixam de se encontrar nem por um instante – nem de perto nem de longe. Mais loucos ainda ficariam se soubessem que posso velar teu sono há quilômetros de distância: estar junto é estar junto, só entende quem o vive.

Sobre “ter forma / não ter forma”... Como o amor não tem forma, senhores?

O amor tem a forma do meu bem, tem o sorriso mais lindo de todos os tempo e os olhos mais fortes e brilhantes que todas as estrelas de todas as galáxias unidas numa saleta quatro por quatro! Tem o perfume de jardim florido, e esplendor mais pomposo do que o Palácio de Versalhes.

E assim como me ensinaram errado sobre concreto e abstrato, me ensinaram várias outras coisas de forma pouco esperançosa. Mas desde que meu bem chegou na minha vida, todas as coisas receberam um feixe de luz e clareza. Doçura e leveza.

E foi nesse tempo que eu comecei a acreditar em sonhos realizados.

Foi nesse tempo que eu aprendi a sorrir.


Por Dani Cabrera

viernes, 11 de julio de 2008

Daquelas de "Finzinho de Noite"...

Existem coisas que definitivamente precisamos passar:

Pela tempestade na saída do trabalho, desprovidos de guarda-chuvas. Pelo meio do mês com o “cartão estourado”. Pela golada – aquela com vontade mesmo! - no café sem açúcar; e por aquele “moço-chaminé” na tua frente, na fila do banco.

Tem coisas que por mais que tenhamos todo o cuidado, tornam-se quase impossíveis de evitar, como aquele parente que tem prazer em amarelar os sorrisos de toda a casa nas reuniões de família, como as irresponsabilidades que roubam os sonhos de uns daqui, as desonras que tiram o brilho daqueles dali...

Eis a notícia bombástica pros que vivem de contos: Sim, até os apaixonados sentem esses espinhos na pele! Eu passo, sinto, amargo...

Mas se no fim do dia aquele sorriso vier ao meu encontro, sinto-me como quem ganha na loteria acumulada, ou como a criança que ganhou no natal, aquele brinquedo que começou a pedir no mês de abril.

Porque você, meu bem,
Você se fez peça chave dos meus dias perfeitos!

Por Dani Cabrera

lunes, 7 de julio de 2008

Das Coisinhas Simples Que Me Valem Ouro...

Aquela companhia, senhores, é mais agradável que a luz do sol quando encontra a pele nas manhãs de inverno. Mais agradável que o filme da Audrey assistido na sala escura, à tardezinha chuvosa das férias de julho com um bom cobertor e uma barrinha de chocolate ao leite. Talvez vocês não entendam, mas desde que aquele sorriso chegou, meu horizonte se estendeu em si, ao longe. Hoje vejo flores em qualquer lugar que escolha olhar.

Por isso minha alma se acende ao receber de ti um simples convite para uma ir ao mercado ou ao dentista. Por isso a cada vez que esmoreço volto à tona logo logo, e aposto minhas fichas todas (e minha vida) no mais legal que há entre nós. E pelo que vejo refletir de ti, acredito sem duvidar e não pretendo desistir. Porque cedo ou tarde, hoje ou amanhã, esse amor de imã há de vencer tudo sempre, vai permanecer aos trancos e aos barrancos. E o nosso campo (já florido) há de florescer aos olhos de todos logo em breve.

Foi pelo teu sorriso que eu entreguei todo medo em praça pública, foi em troca da voz mais doce que eu decidi ser mais mansa.

Teu amor livrou meu coração das mãos da tristeza.

E por mais que não haja uma boa notícia diariamente, eu tenho motivos de sobra pra viver sorrindo.

Contigo eu vou.


Por Dani Cabrera

viernes, 4 de julio de 2008

Da Confiança Que Me Alegra a Alma...

Hoje o céu decidiu chorar.
Logo hoje que o dia estava tão bonito.
Mas pela noite, lá de cima, decidiram ser solidário comigo e me disseram: Moça, hoje choraremos o teu choro contigo. Hoje não hás de chorar só.

Talvez minha sentimentalidade tenha me tornado um tantinho previsível. Mas não, hoje não é dia de chorar, nem de desacreditar. Hoje, acreditar é um dos caminhos que nos conservará eternos.

E caminhando olhei pra cima, deixei escapar um sorriso no canto dos lábios e disse:
No meu amor confio eu! E não vou chorar, porque se aquela boca me promete algo - eu sei senhores, eu sei que posso confiar! Obrigada céus pelo breve choro intenso, mas do meu rosto só há de brotar céu azul (sorrisos), porque pra nós nada acabou. Ainda há amor o bastante pra suportar tudo o que há de vir. E sempre haverá, contem com isso!

Porque como dizemos: sempre damos um jeito! E quando não há esse meio, fabricamos.
E quem vai ousar matar esse amor de nós?
Quem pode apagar o que se acende a todo instante?

Agora é a hora meu bem, provaremos para os nossos corações a solidez do amor que é só nosso. E os meus joelhos estão fortes e prontos pra correr mais cem mil léguas ao teu lado!


Por Dani Cabrera

jueves, 3 de julio de 2008

Da Beleza Que é Dele Só...

O incrível é que ele sempre a entende! Talvez seja por aquele perfume feito flor que ela emana só pra ele.
Talvez seja porque ele a ama com todas as suas forças: a que tem e a que não tem.

E no peito, aquele rapaz carrega um sonho: o de saber por ela o que significa a eternidade – leiam felicidade se assim bem quiserem – ao lado dela, com um belo jardim diante da casa que mais parece um quadro pintado nas paredes de seus pensamentos de fim de noite. Também uma videira nos fundos, ao lado um pé de laranja-lima e aquele poço que por mais que os dê de beber, nunca há de saciá-los como se saciam nos olhares um no outro.

Não tentem decifrar o que o inspira tanto!
Nem a ele, nem a mim que escrevo sobre ele. É amor apaixonado e nada além. É leveza, repouso sobre turbulências. É calmaria e quietude. Certa dor, mas dor das boas! Um “apertinho” no coração e nada mais.

O bom de tanto olhar pras nuvens, pras flores, e pro azul do céu, é que assim limpou a alma de toda amargura dantes. Hoje sim, depois de vê-la, soube o que é beleza de se ver e de se sentir. Assim aquele rapaz pôde voltar a acreditar nas verdades - que só ela e os seus corações o diz.

Por Dani Cabrera


“Vou lhe botar num altar na certeza de não apressar o mundo. Não vou divulgar, só do meu coração para o seu”. Tribalistas.

sábado, 28 de junio de 2008

Do Teu Efeito em Mim...

Foi naquele tempo em que os meus olhos não pareciam mais meus
Que aquele sorriso outrora desperdiçado salvou os meus dias,
Colhi-os um a um, daqueles que deixaram cair pelo chão...
E aquela alma opaca (que tudo via em preto e branco)
Passou a amar como nunca o fez até então.
E o coração esmiuçado era outra vez um inteiro!

Porque se dar sem sentir medo é praticamente impossível
Mais ainda num mundo com tanta gente gelada,
Mas entre os meus maiores orgulhos de ti
Está o de teres confiado em mim primeiro – devo-te essa!
E confiar como eu não sei se poderia fazer
No nosso princípio, (sim!) no arraigar da tua bandeira no meu peito:
Terra conquistada é terra conquistada e fim de papo!

Foi naquele tempo que encontrei no teu rosto o tal tesouro escondido
E nos abraços o cobertor de lã que afastaria o frio do meu inverno interno.
Foi ali que desejei pela primeira e última vez não receber mais uma chance
(Mas a tive “goela abaixo”, ainda bem!)
Pra viver tudo diferente, sentir tudo de outro modo...
Foi ali que eu me perdi pra você completamente e para todo o sempre.
Foi assim que eu quis outra vez viver!

E eles ainda andam por aí, esses [...] os doutores!
Buscando cura pros que já ouvem o tilintar do fim dos seus tempos.
Mas se eles soubessem da cura que há na luz daquele olhar!
Ah! Se eles soubessem do efeito daquele sorriso!

Cá entre nós:
Aquela é minha cura!
Os olhos apagados refletem mais que a luz do sol,
E por mais fria que a terra esteja, aqui é sempre primavera.


Por Dani Cabrera

jueves, 26 de junio de 2008

Do Coração que Ainda Bate...

Dizem por aí que certa vez ela lutou contra três dragões que tentaram roubar a paz de sua aldeia, e que com apenas uma palavra levou-os ao chão. Dizem sobre aquela beleza forte, os cabelos longos, as palavras firmes dela, o vigor dos olhos castanhos: era uma heroína!

Mas um dia, um dia – dizem eles com um tom de quem põe ponto final na história - um dia ela sucumbiu...

Disseram-me que era caso perdido, e que pra encontrar algum rastro sobre aquela vida eu deveria subir duas colinas ao norte, dobrar a terceira ruazinha e ali haveria um chafariz, um largo abandonado e em seguida uma porta de madeira velha. E ali eu deveria bater.

Atravessei as colinas verdes, e alto ali ainda percebi ao longe uma casinha rodeada de coisinhas coloridas que eu não sabia ainda dizer o que era.

Dobrando a segunda ruazinha achei uma fonte de águas limpas, senti um perfume diferente, e em vez de um largo abandonado encontrei um jardim com as mais lindas flores que os meus olhos já viram.

Ali ao lado da porta encontrei uma vinha e algumas macieiras, vi um campo de girassóis ao longe e percebi uma moça, só, estendendo roupas no varal.

Acenei para que me visse e veio então ao meu encontro.
Estendendo as mãos para o cumprimento, ofereceu-me um sorriso. Percebi uma cicatriz não muito grande no canto direito da mão e olhei logo para os olhos porque sabia que ali se escondia o vigor que eu ouvira falar.

Era ela.

Desta vez sem espadas, sem palavras mágicas, sem escudos e roupas de couro. Era só uma jovem mulher, com roupas de algodão, pés finos, mãos macias e uma flor do lado direito, nos cabelos...Parecia-me uma simples mulher, e não me perguntem onde foi parar todos os ditos super poderes!

Depois de um tempo tão intenso de lutas e de glórias, de tanto ser aclamada pelos que a cercava, seu coração sangrou e quis amar, mas era tarde. Deixou as lutas, os almejos de ser a salvadora do mundo, e decidiu salvar a própria vida. E assim foi deixada por todos que amavam a vida só e perigosa dela, inclusive os dragões que se divertiam em prendê-la numa vida supra-humana sem sentimentos.

Passou a viver ali cultivando flores, cuidando de si e do que sentia.
Seu amor se foi com outra, mas assim como ela tem a certeza que um mais um são dois, ela diz com toda a força de seu coração: Ele há de voltar!

E percebendo que eu a reconheci, me disse assim:
- O amor é morte pra quem perdeu a esperança de ser feliz.

Foi a moça mais esperançosa que conheci.
E por conta de sua persistência, hoje divide toda a sua calma com aquele amor que foi um dia mas voltou para todo o sempre.


Por Dani Cabrera

domingo, 22 de junio de 2008

Das Explicações do Inesitante...

Talvez tenhamos mesmo absorvido o comportamento daqueles que amam brincar nos plays de qualquer lugar, a despeito de segurança ou perigo. Porque esses pequenos sabem se dar sem se preocupar com possíveis “tombos”. São puros. São crus.

E assim seja, por conta disso que se chama amor (leia-se amor mesmo, e “amor de verdade!”). No amor sempre haverá verdade.

Esse amor é assim.

Eu sou, você é.
Por isso não hesito assumir que sinto a tua falta por onde quer que eu vá: ali sempre sobra um vazio imenso se você não estiver.
Por isso meu coração dispara ao ouvir aquele timbre diferenciado quando o meu móvel toca: É você, e o meu “alô” é sempre um sorriso adocicado.
Por isso amo todos aqueles recadinhos nos finais de noite, e derreto-me ao ouvir palavras que eu sei que são pra mim e pra mais ninguém.
Por isso amo esperar-te, ainda que seja para um breve abraço – sempre apertado - e pra olhar aquele sorriso que me salva o dia... E a noite, e a vida!
Por isso enfrento avalanches, escalo precipícios, e aprendi dançar sobre vulcões.
Por isso fico desbotada quando nos desencontramos pelas ruas - raras são as vezes, porque teu coração costuma saber onde o meu está. E amo ver a plaqueta do teu mensageiro subir; me despeço com pesar quando as letras azuis me aparecem.

Por isso minhas lágrimas e meu sorriso têm liberdade de ir e vir diante dos teus olhos, e por isso minha boca não mede elogios, nem por medo nem por timidez.

Por esse amor ser assim, não consigo enxergar a mínima possibilidade de você não estar ao meu lado eternamente. E não tenho medo de cantar a canção de amor explicativa de Roberto. Por isso não me sinto uma boba ao te escrever todas essas coisas e sei lembrar de você com ternura ainda nos dias difíceis.

Por isso os meus braços não se cansam de abraçar os teus, todas as rosas e seus aromas me lembram a mesma pessoa, e todas as mais lindas melodias me fazem suspirar.

Por essa e por outras, confesso:
Como te amo nunca amei a outro alguém!


E subjugando meu orgulho, completo:
E também nunca vou amar...


Por Dani Cabrera


"...what I'm Feeling in my soul [...] is brighter than sunshine..." [ Aqualung]

2019

Echarte de menos en una tarde como esta, sabiendo que vendrás – que en un par de horas entrarás por la puerta de nuestra casa. Por aqu...