martes, 14 de octubre de 2008

Da Saudade Que Me Dá - Parte II

Quando falo sobre sentir saudades, não falo como quem apenas gostaria de ter-te a vista naquele tempo. Tampouco como na conversa evasiva dos que não dão a mínima para os segundos um do outro.

Quando falo de saudade, falo de corpo tremulante como bandeiras hasteadas, falo de ser como menino com febre decorrente daquele sabiá capturado de resolveu ir viver perigosamente na terra – ou na selva - dos livres-demais. Falo sobre coração apertado, sobre frio em pleno meio dia de verão com edredons europeus, falo de boca seca e de assuntos que lembram um mesmo nome. Quando digo que de ti tenho saudades, não o falo para prender tua alma à minha – uma vez que eu não tenho duvidas de que já está – nem digo pra que a lisonja te acompanhe e crie um ambiente agradável. Isso nem cabe mais nesse espaço vermelho de tanto amor...

Entre as coisas que mais amo nessa nossa eterna história, estão os momentos que você sussurra eu-te-amo-demais com cara de criança levada, quando todos desviam os olhos de nós, e numa atmosfera como a de esconde-esconde, só nos vemos a nós e todos os outros “tudo” convertem-se em “nadas”.
Quando as palavras que só pra nós tem sentido relevante – nossos códigos secretos - nos fazem rir no meio de mil ou dez mil que não fazem a mínima idéia do que se passou. É nesse momento que você é só de mim e eu só de você.
E eu amo quando os teus olhos brilham e refletem os meus e quando teu sorriso se torna espesso e esplendido diante daquelas nossas flores, ou daquelas nossas músicas, ou daquelas nossas letras, ou daquelas nossas cores... Daquelas nossas cidades, daqueles nossos nomes...
Daqueles nossos números.
Dos nossos planos loucos (e lindos!).
Porque és quem me faz a pessoa mais feliz de todas as eras quando, ainda que fabulosamente, me diz que teremos um lugar só pra nós naquele lugar que eu gosto tanto, e quem dia tudo isso vai passar e que tudo vai ficar bem. Minha alma estremece quando da tua boca ouço os planos que tens pra nós, quando dizes que sim - faremos aquela viagem praquele lugar bacana, e que sairemos por aí, quilômetros afora em busca de tesouros perdidos e de campos de girassóis.
Amo a tua voz macia e as tuas palavras de algodão-doce, a textura da tua pele, o teu cheiro e o cuidado com que trata o meu coração.

Ao teu lado sempre será o melhor lugar do mundo.


Por Dani Cabrera

4 comentarios:

  1. Saudade das coisas compartilhadas e que fazem TODA a diferença desse e de outros mundos...
    Saudade até daquilo que não aconteceu, daquilo que, ainda, só existe nos sonhos...
    Continue amando. Sempre!
    Beijos, fica com Deus... :)

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  2. Ahh Dani, vc é ótima!

    Lindo, lindo, lindo!
    Beijão!!!

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  3. Muito bom passar por aqui!
    "Palavras de algodão-doce"...as suas!
    Bjos!

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  4. caara muito lindo MESMO!
    não sei como você consegue sempre expressar tão bem o que sente..
    é maravilhoso! *-*
    beijoo!! :*

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