jueves, 30 de julio de 2009

Dos Tonteios Que Confesso Ter...

A questão foi que eu passei tempo demais tentando dar nomes ao que não precisava em lugar de ir em frente e dar vida ao que precisava viver.
É que nós - as pessoas - temos a estranha maneira de complicar tudo com os nossos métodos e fórmulas infalíveis que não nos levam a lugar nenhum, nos mecanizam... não deixa transluzir. A questão é que era ela, e é, e eu preciso fazer algo antes que o portal que dá acesso a essa nova dimensão se feche outra vez e me deixe no frio, do lado de fora.

De tanto temer errar eu acabo me esquecendo também de acertar, e querendo acertar eu quase deixo de ser eu mesma. Eu não quero dizer-te que penso em ti a essas horas da madrugada, e com tanta falta que remói a garganta. É que eu quase me esqueço que com o tempo as pessoas acabam se esquecendo que o natural é envergonhar-se somente do que é indigno, mas o crucial é ser quem se é. E você sabe que eu tenho sentimentos, e é normal que eu esteja desejando muito, mas muito te ver a ponto de doer agudo, e talvez querer fugir.
E não me diga pra não me apaixonar porque eu vou encher a tua casa de flores.
Não se trata de querer despejar em você toda a carência que eu mesma dissimulo não ter.
É saudade, saudade e carinho, e só.

E eu que pensei que seriam suficientes todas aquelas vezes que entre um beijo e outro, entre um entregar-se e outro, eu te olhava atentamente os detalhes, com fome de guardar qualquer imagem tua que pudesse amenizar a saudade que eu começaria a sentir milésimo de segundos depois de você beijar a minha boca que se faria outra vez fria e soltar as minhas mãos pra entrar naquele trem que te levaria pra cidade ao lado. Eu imaginava que quando você subisse naquele trem algo de mim seria levado, mas não sabia que me doeria tanto a ponto de me tirar a paz na segunda-feira. A saudade segue aqui, e toda a tentativa de te manter fresca na lembrança foi só artifício pra me prender mais ainda na falta que eu sentiria.

Essa noite eu não vou chorar de saudades.
Vou fechar meus olhos, e exigir que as horas tragam você pra mim. Outra vez.


Por Dani Cabrera

martes, 21 de julio de 2009

Estou Aqui Também...

O Que Eu Não Disse
E o que eu também não vou dizer...

Só pra informar, porque muita gente ainda não sabe da existência desse meu segundo BLOG. Quem quiser acompanhar encontrará as portas abertas!
Muito obrigada pelas visitas em Do Amor Que Sinto, pelo carinho de cada um, pelos recados que me deixam mesmo toda boba..., feliz - de saber que de alguma forma nos acrescentamos algo.
Peço perdão por não ter atualizado com tanta frequência e por estar completamente por fora das novas normas dessa reforma gramatical que aconteceu a pouco tempo na língua portuguesa, mas é que foi justo na fase que eu saí do país. Estou mesmo desinformada sobre o que aconteceu, mas vou buscar me atualizar de alguma forma.
Perdoem as minhas tremas (...) que eu já sei que não se usam mais, mas é que dizem tanto sobre o silêncio e sobre as palavras que eu prefiro não dizer pra que cada um possa completar como bem entender...

Bom, é isso, o recado foi dado, deixo um beijo imenso pra cada um, desejo muita saúde e fé o suficiente pra seguir acreditando no amanhã e nas oportunidades que virão.

Grande abraço,

Dani Cabrera.

PS.: Logo-logo eu atualizo aqui! ; )
* Foto: Eu no Parque Güell, de Gaudí, em Barcelona. Apaixonada por essa cidade!

viernes, 17 de julio de 2009

Porque Un Día Hay Que Volver...

Tá certo. Eu sei que não se deve dissimular, mas eu preferi me calar.
Eu não quero que ninguém se importe, porque hoje já não há ferida, senão uma cicatriz que vez ou outra me recordo que a tenho. E já não lateja quando o tempo muda; muito raramente.
Pois bem, eu preferi me calar. Preferi não dizer sobre todas aquelas coisas secas que haviam morrido bem dentro de mim, e que por noites e dias me fez ter febre e alucinações. E me fez sair pelas madrugadas chamando um nome que eu bem sei que não me responderia. Impossível.
Eu preferi não falar das vezes que eu tinha que sorrir porque alguém dependia disso pra seguir acreditando, mesmo não acreditando – mais - em exatamente nada. Preferi não falar todas aquelas coisas duras que eu na verdade hoje vejo que precisava dizer, mas me calei.
Pela diplomacia. Eu consegui.
Eu preferi não falar em desamor, senhores, mesmo sabendo que um dia você vai sorrir e acreditar na eternidade, e no outro você pode estar perdido, tateando no escuro sem saber que o hoje é hoje. Porque algumas vezes eu queria acordar, como a menina que tem a sorte de ter uma vida a seu favor sempre – e assim sou -, mas dessa vez não, eu não estava dormindo, e era tudo realidade. Eu não vos queria dizer que tudo foi em vão, por medo, e calando-me os vi seguir. Pra mim só já bastava saber... Valeu a pena.
Eu não quis falar de coisas tristes, e mesmo assim hoje, pra que o ciclo esteja fechado eu preciso dizer que eu superei, mais essa. E que sigo forte e boba demais a ponto de acreditar em tudo outra vez...

A vida segue e a minha força não foi retirada.
A vida segue. E eu sigo, com ela.


(O que é meu segue em mim).


Por Dani Cabrera


“Voy a recoger mis alitas rotas, y las pegaré trocito a trozo y volaré. Yo soy una montaña rusa que sube que baja que ríe que calla confusa me dejo de llevar, por lo que los días me quieran mostrar. Buscome”.
(Bebe - Buscome)

2019

Echarte de menos en una tarde como esta, sabiendo que vendrás – que en un par de horas entrarás por la puerta de nuestra casa. Por aqu...