Tenho as janelas fechadas desejosas de se abrirem quanto antes. Uma tormenta contida por paredes de catolina. Tenho os braços ansiosos buscando qualquer coisa tua para me agarrar e me sentir inteira. É que quando não estás aqui sou como se fosse metade. E deve ser porque é verdade isso de que foi por fúria que os deuses que nos partiram em dois, nos fizeram desenho inacabado, sem cor, sem forma. Deve ser verdade isso de que depois de partir-nos (um à um) pela metade, mandaram um furacão para dispersar as partes que eram antes uma coisa só, e que desde então, quem quisesse se pusesse ao trabalho duro de reencontrar sua própria metade perdida.
A minha carne é a tua carne, bronzeada de bossa e tropicalismo. A tua carne é a minha carne temperada com olivos e gaita, branca como marfim, refrescada pelo leste galego. É tão bonito te ver e pensar nos caminhos que tivemos que percorrer até que a nossa era de aquarius chegasse enfim, em toda a imensidão do oceano que precisei atravessar, cruzar a linha que divide o mundo, e pacientemente esperar que o destino calculasse o nosso (re) encontro quando tu estavas na cidade ao lado. Eu cheguei a ti sem sequer buscar-te.
A minha paz se esconde debaixo desses fios finos que ameaçam encaracolar sobre o teu pescoço. A minha paz se esconde no teu peito, onde eu descanso a minha cabeça, onde o mundo parece tão menos perigoso do que realmente é. Aí é onde eu encontro perfeição e força, é aí que eu abasteço o meu armazém de sorrisos e reponho a minha certeza, não só de um futuro só nosso, mas também da base do dia de hoje. O sentido da escada é para cima quando se vem de baixo. E quando tu chegaste estávamos justo embaixo, cansadas, doídas. O meu corpo deixou de doer quando se somou ao teu, e deve ter sido por isso que eu segurei a tua mão e quis te levar dali. Deve ter sido por isso que as lágrimas se secaram quando eu me dei conta de que tu eras tu, e que tu eras tão eu diante de mim mesma, que eu não sabia fazer outra coisa além de sorrir, feliz da vida, instintivamente sem explicação. Era que aquela cicatriz feita pelos deuses deixaria de sangrar. Voltamos a ser tu e eu então, uma coisa só entranhada, colada, unida.
Agora eu me sinto forte o bastante pra levantar montanhas, mover os continentes sobre o mar.
Mas o que me interessa mesmo, é seguir comendo dessa estrada e só parar quando tenhamos, tu e eu, o mesmo endereço.
Te agradeço por devolver cor ao meu mundo. : )
À minha paz, à ela escrevo.
Por Dani Cabrera
¨No tiene cabellera hermosa, no es un metrosexual de la prensa rosa. Me enamoré, de un tipo que no me ha dado flores ni una vez. Pero llenó de primavera, toda esta casa vacia. No quiero rosas carmucadas que el tiempo ha de marchitar, prefiero estar contigo y convertir todos los meses en abril¨. (Georgina _ Menamoré)
A minha carne é a tua carne, bronzeada de bossa e tropicalismo. A tua carne é a minha carne temperada com olivos e gaita, branca como marfim, refrescada pelo leste galego. É tão bonito te ver e pensar nos caminhos que tivemos que percorrer até que a nossa era de aquarius chegasse enfim, em toda a imensidão do oceano que precisei atravessar, cruzar a linha que divide o mundo, e pacientemente esperar que o destino calculasse o nosso (re) encontro quando tu estavas na cidade ao lado. Eu cheguei a ti sem sequer buscar-te.
A minha paz se esconde debaixo desses fios finos que ameaçam encaracolar sobre o teu pescoço. A minha paz se esconde no teu peito, onde eu descanso a minha cabeça, onde o mundo parece tão menos perigoso do que realmente é. Aí é onde eu encontro perfeição e força, é aí que eu abasteço o meu armazém de sorrisos e reponho a minha certeza, não só de um futuro só nosso, mas também da base do dia de hoje. O sentido da escada é para cima quando se vem de baixo. E quando tu chegaste estávamos justo embaixo, cansadas, doídas. O meu corpo deixou de doer quando se somou ao teu, e deve ter sido por isso que eu segurei a tua mão e quis te levar dali. Deve ter sido por isso que as lágrimas se secaram quando eu me dei conta de que tu eras tu, e que tu eras tão eu diante de mim mesma, que eu não sabia fazer outra coisa além de sorrir, feliz da vida, instintivamente sem explicação. Era que aquela cicatriz feita pelos deuses deixaria de sangrar. Voltamos a ser tu e eu então, uma coisa só entranhada, colada, unida.
Agora eu me sinto forte o bastante pra levantar montanhas, mover os continentes sobre o mar.
Mas o que me interessa mesmo, é seguir comendo dessa estrada e só parar quando tenhamos, tu e eu, o mesmo endereço.
Te agradeço por devolver cor ao meu mundo. : )
À minha paz, à ela escrevo.
Por Dani Cabrera
¨No tiene cabellera hermosa, no es un metrosexual de la prensa rosa. Me enamoré, de un tipo que no me ha dado flores ni una vez. Pero llenó de primavera, toda esta casa vacia. No quiero rosas carmucadas que el tiempo ha de marchitar, prefiero estar contigo y convertir todos los meses en abril¨. (Georgina _ Menamoré)
Queeeeeeeee Liiiiiiindo.
ResponderEliminarParabéns, Dani! (;
"O meu corpo deixou de doer quando se somou ao teu, e deve ter sido por isso que eu segurei a tua mão e quis te levar dali."
ResponderEliminarQuando a gente gosta de alguém, parece que só esse alguém consegue nos dobrar de um jeito, que nos faz deixar de sentir qualquer dor, seja física ou emocional.
Adorei o texto dani.
Beijos. :*
Agora eu me sinto forte o bastante pra levantar montanhas, mover os continentes sobre o mar.
ResponderEliminar*Adorei! primeira vez que venho nesse blog...parabéns... :*
INTENSO - amei.
ResponderEliminarDisso que necessito, ' das cores do meu mundo ' :(
Lindo blog! ;D
SEGUE:
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* @lalyanjos