Era tarde de outono.
A esperava na parte alta da cidade.
Ela vinha ao longe, depois de todo um dia cheio de planos de um futuro bom.
A esperava na parte alta da cidade.
Ela vinha ao longe, depois de todo um dia cheio de planos de um futuro bom.
Ao chegar a encontra e antes de qualquer coisa diz ainda ofegante:
- Foge comigo! Pra qualquer lugar: Vamos pra Barcelona, pra Ficule, pra “POA”. Não precisa fazer nada além de me dar a tua mão e segurar a minha bem forte; ter coragem e seguir comigo pra bem longe. Já vendi meus sonhos daqui, apliquei-os todos para os sorrisos que você me há de dar. Os planos que eu tinha aqui eram nós de ilusão, mas o teu amor... Ah! Esse sim é real!
E ela olhava pra'quela outra moça em seu desespero. Observava aquelas expressões que tanto amava, o suor de ansiedade que lhe corria o rosto, a voz que tentava convencê-la de tudo aquilo que já era sonho seu. Imaginava os dias que viriam. Pensava em tudo o que teria que deixar pra trás: a universidade pela metade, o trabalho e as tardes de cafés e reuniões chatas; a família e todas as suas tradições, seu travesseiro de pena, a caneca de porcelana fina do aniversário de 13 anos. E com tantos prós e contras via-se surpresa com aquela coisa enorme que sentia no peito. Imaginava aquela casinha no vilarejo de Marisa, as flores no quintal de tapete verde vibrante, a vinha nos fundos da casa. Imaginava cem anos de paz, mil anos de perdão, a trégua tão esperada. E perdia-se entre os pedidos e seus próprios planos. Deixava de ouvi-la por instantes e sonhava em plena avenida aquele sonho constante.
Entendam, senhores, a aflição desta moça!
Aquela que não suporta mais não tê-la como a última coisa que vê todos os dias antes de fechar os olhos para o sono. Porque ao lado dela o tempo não precisaria mais correr e percebamos todos que o mundo gira mais devagar quando ela a abraça. Entendam que a fuga não era por um mal que cometera, mas pelo bem que encontraram em si.
Aquela que não suporta mais não tê-la como a última coisa que vê todos os dias antes de fechar os olhos para o sono. Porque ao lado dela o tempo não precisaria mais correr e percebamos todos que o mundo gira mais devagar quando ela a abraça. Entendam que a fuga não era por um mal que cometera, mas pelo bem que encontraram em si.
E ela olhou-a fixamente.
Beijou-a apertado e beberam dessa taça de coragem.
Beijou-a apertado e beberam dessa taça de coragem.
E abraçadas partiram sob o céu acinzentado, sem que ao menos uma palavra precisasse proferir a aceitação dos olhos brilhantes de sua menina.
Por Dani Cabrera
: )
ResponderEliminarEstou apaixonada!
Toda vez que venho aqui a coisa piora!
Tô louquinho pra cometer uma dessas! Não me dê mais força... rs
ResponderEliminarAssim papai não 'guenta!
Beijaço linda!
Continue apaixonada, isso tem me alimentado bastante!
Eu tbm me imagino na casinha do vilarejo.
ResponderEliminargostei do teu blog.
beijos
Gostei mt do blog estar apaixonado realmente e mt bom at certo pontoo c nao vc fica q nem o cara de vento no litoral continue escrevendo pois esta e a chave para o futuro as respostas virao em força de letras
ResponderEliminarParabens
Meu Blog : Blog Do Philipe
lindo, lindo , lindo. lindo , lindo......
ResponderEliminarfiquei emocionada de verdade.....
que sensibilidade, tão profundo, tão simples....
amei....
www.daniilopes.blogspot.com
Muito lindo! Cada detalhe aumenta mais a beleza do texto.
ResponderEliminarBeijos
Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu
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