martes, 22 de julio de 2008

Da Gramática Infundada (Parte II)...

Há umas meias-noites atrás, meu pensamento – que pulsa e voa – percebeu um equívoco da parte dos mestres na tangente “substantivo concreto e abstrato”. Ah, se eles nos conhecessem: nunca mais classificariam “amor” como abstrato! Sim, ele (o amor) tem a tua e a minha forma.

E hoje, cá com meu amor por ti, descobri que esta palavrinha de quatro letras não se pode conjugar em todos os tempos verbais. Não conosco! Vejam bem, senhores!

Porque [...] amo: correto, eu te amo sim, e com toda a força que tenho e hei de ter!

Amarei: correto outra vez, e o farei por toda a minha existência.

Ame! – é o que tua doçura me ordena mesmo sem nada pedir.

Mas o pretérito...

Em nada cabe desde o dia em que encontrei teus olhos! O passado diz só de como era morna a vida sem você, do sorriso opaco e sem graça que eu, sem escrúpulos – sem vergonha alguma – insistia oferecer ao mundo. Uma vida de pouca cor, de pouca fé de pouca esperança. Eu andante, e o quanto as estrelas do céu almejavam nosso encontro: definitivo, como combinamos! O amor nunca há de ser conjugado no pretérito, nunca será subjuntivo, nunca será condicional. Não o nosso!

Meu amor por ti é como o teu por mim: é claro, é presente (crescente) e futuro. Se conjugado no futuro do indicativo (... quando eu te amar) deve apresentar um sinal de soma para os informais, e um “mais” com “i” para os mais didáticos, ficando: “Quando eu te amar mais (ou +)”. Por mais que eu permaneça não entendendo como essa coisa enorme continua crescendo e cabendo no meu peito.

No futuro do pretérito: esse sim entre nós não tem finalidade alguma! Só não te amaria se não vivesse, porque até antes de te ver os olhos, os meus sonhos já era povoados pelo teu perfume e pelo sorriso mais lindo do universo!

Você é quem me faz ver tudo com olhos mais seguros e mais otimistas.

É quem me faz lembrar das questõezinhas de sexta série como se fosse matéria de ontem!

Quem me amolece o coração com um tom de voz mais manso, quem quero dar um buquê com todos os girassóis do mundo, os que existem e os que existirão.

Então é assim.

Ficamos acertados: no presente e no futuro estará o nosso amor. Nunca será passado.

Porque a cada dia que acordo, te amo com tanta força que me sinto como tivesse acabado de te encontrar.

E como dizem aquele par de anjos que me fizeram acreditar em sonhos realizados: ficarei aqui me apaixonando por ti por toda a eternidade!*


Por Dani Cabrera


* Trecho do texto de Natália Anson Lima – Persona Non Grata

3 comentarios:

  1. "ficarei aqui me apaixonando por ti por toda a eternidade!*"

    Que coisa mais linda isso...
    Obrigada pelo comentario, ate no comentario você simplesmente se supera...
    Ler seus textos dá a impressão que de amores são sim possiveis.
    Basta se entregar a eles!


    Obrigada, por dividir conosco um pouco dessa sua criatividade e dessa sua visão de mundo...

    =)

    beijãooo

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  2. Nossa, outra vez que um novo texto seu me toca, não sei se sou apenas uma romântica incurável, ou se suas palavras foram feitas almejanndo verdadeiramente esse fato.

    Um grande beijo e obrigada.

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  3. concordo com a rê (primeiro comentário)
    obrigada por dividar conosco a sua criatividade e boa escrita...
    quando escrever um livro avise!

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