lunes, 14 de julio de 2008

Da Gramática Infundada...

Sentada na pedra na noite de domingo, conversava sobre coisas da vida com um amigo dali.

Falávamos sobre as últimas happy hours, sobre divergência de opiniões e algo em comum, sobre uma palavra que dá sentido às vidas: o amor.

E no meu vocabulário, quando dizem a palavra A-M-O-R, sem precisar consultar em qualquer almanaque, eu já tenho definição perfeita. Quando se toca nesta palavrinha de quatro letras, é como se a minha alma subisse bilhões de léguas por cada letra dita, fazendo enganosa as aulas de português que me definiam sobre substantivos concreto e abstrato. Por anos me ensinaram que amor é um substantivo abstrato. Mas desde aquela primavera – que pra mim foi o inverno mais rigoroso da minha vida, eu aprendi que amor é um substantivo concreto, e muito concreto!

Sob a definição do “desenha / não desenha” estavam errados: todos os teus traços estão melindrosamente gravados na minha mente. Todos os dias pinto quadros teus e cravejo com borboletas de seda, girassóis de cetim e fitas de todas as tuas cores...

Sobre o “poder / não poder tocar” fantasia deles: as nossas mãos não deixam de se encontrar nem por um instante – nem de perto nem de longe. Mais loucos ainda ficariam se soubessem que posso velar teu sono há quilômetros de distância: estar junto é estar junto, só entende quem o vive.

Sobre “ter forma / não ter forma”... Como o amor não tem forma, senhores?

O amor tem a forma do meu bem, tem o sorriso mais lindo de todos os tempo e os olhos mais fortes e brilhantes que todas as estrelas de todas as galáxias unidas numa saleta quatro por quatro! Tem o perfume de jardim florido, e esplendor mais pomposo do que o Palácio de Versalhes.

E assim como me ensinaram errado sobre concreto e abstrato, me ensinaram várias outras coisas de forma pouco esperançosa. Mas desde que meu bem chegou na minha vida, todas as coisas receberam um feixe de luz e clareza. Doçura e leveza.

E foi nesse tempo que eu comecei a acreditar em sonhos realizados.

Foi nesse tempo que eu aprendi a sorrir.


Por Dani Cabrera

8 comentarios:

  1. Curti, apesar de estar enjoado de textos que tratam de "amor", achei super criativo!

    http://papeisriscados.blogspot.com/

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  2. Lindo ..

    Adorei "o amor tem a forma de meu bem"

    Seu texto está de uma verdadeira apaixonada que está vivendo a forma mais sublime do amor..

    Que continue sempre assim ..


    abç..

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  3. Extremamente criativo!é uma grande mentira falar que amor é uma coisa que não tem definição ou até algo abstrato, quem ama sabe muito bem toda a forma que ele tem e cada um claro tem a sua

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  4. Pois o tempo me ensinou que o amor não se parece com nada com o que imaginei e vivenciei.
    Ele muda, evolui e se molda às mais variadas circunstâncias.

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  5. Cheguei aqui pela Central de Divulgação de Blogs, e que surpresa gostosa! Você escreve muito bem, Dani. Falar de amor sem ser repetitivo é muito difícil e você conseguiu.

    Quero voltar aqui mais vezes. Reserve-nos boas palavras como as ditas aqui nesse texto.

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  6. Parabéns, vc escreve muito bem!

    Adorei!

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  7. Que forma interessante de se falar de amor!
    Bem criativo seu texto
    adorei


    http://gabriellacardoso19.blogspot.com/

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