
Ah, se todos soubessem o que se passa por aqui.
Entenderiam que não é loucura o que me faz ter ganas de pular o mais alto que eu puder, que me faz ensaiar campos de girassóis no jardim de casa, atrasar todos os dias de manhã, por ensaiar
L'Autre Valse d'Amélie (a canção que nos narra). Porque pode ser aquele o dia em que aceitará fugir comigo para todo o sempre. Ainda teremos um mundo só nosso, te prometo isso, com pinceladas de cores que nós bem entendermos!
E se essa minha vida fosse um livro, desses que contam histórias de pessoas como essas que andam por aí, tenho a certeza de que o capítulo mais bonito teria o teu nome em letras bem grandes e desenhadas. E dali em diante, todas as páginas teriam o teu perfume e o mesmo toque de seda das maçãs do teu rosto, por vezes ligeiramente amassadinhas – mas isso nós sabemos resolver. Um olhar daqueles que só nós sabemos dar, ou dois – mas se forem dois, logo em seguida vem o sorriso tímido no canto direito da boca insaciável... Um, ou dois, ou três toques nas veias nem tão calmas das tuas mãos, e um eu-te-amo-muito-e-vou-ficar-com-você-pra-sempre já é o suficiente pra fazer parar por três segundos o coração que dividimos: metade de um todo em mim e a outra metade em você. Assim estamos unidos para sempre e sempre e sempre. Como desejamos.
E assim como tenho dividido o coração, senhores, quero dividir com aqueles olhos a minha vida inteira! Meus sorrisos roucos numas vezes, estridentes noutras vezes... Até os choros que vou abafar pra que ninguém note – ninguém além daqueles braços. E não é que eu necessite do artifício drama para atrair sua atenção, mas entendam que, quando o amor é amor mesmo, daqueles que arrebatam a alma com força - duas vidas se tornam uma e se sabem a todo instante.
A verdade é que te quero em todo o tempo, e pra você quero ser alegria, e amor: pra ti, meu bem, quero ser a tradução da felicidade que nem chegamos a sonhar um dia. A felicidade que eu sinto por te ter aqui comigo, num mundo tão cheio de acasos pessimistas.
Eu que sou tão comum, tão igual a tudo e a todos, mas que trago as letras do teu nome costuradas nas minhas paredes internas. Eu que agora não sou mais tão só.
Eu, que de andante, errante aqui, ganhei um mundo inteiro quando o teu desejo de me abraçar (leia-se me ter pra sempre) era tanto, mas tanto, que a tua vontade, confessada tempos depois, era de fugir dali com pressa. Fugir porque ainda era daqueles que acreditam que o amor é uma flor roxa. Mas eu te trouxe um buquê amarelo de girassóis e de alegria, te trouxe toda a ternura que tenho, eu não te deixei ir.
Te segurei e te trouxe pra um lugar seguro e só teu. Aqui é a tua morada desde então.
E depois de você os meus sorrisos são mais sinceros.
O meu sorriso meu bem, agora lê-se assim: Sim, eu encontrei o amor!
Por Dani Cabrera"...I get so breathless when you call my name...". (Corinne Bailey Rae)