martes, 22 de abril de 2008

Da Saudade Traiçoeira...

Mais um dia de descanso justificado
Mais um dia fingindo um cansaço inumano
Notícias, documentários, lançamentos de anteontem,
Na insistência de trazer um fade out pra tudo isso.
Talvez eu deva me arrumar e sair por aí
Sou jovem demais pra fazer qualquer coisa contrária a isso
Ou talvez eu esteja velha demais pra fingir pra mim mesma,
Pra dizer que a saudade não existe por trás do sorriso forçado
Por detrás das palavras mecânicas
Mas o meu maior medo nessa saudade é
Que eu me acostume com ela nos meus dias
E que passe a vê-la tão intimamente
A ponto de a sua ausência me fazer mais satisfeita,
Que a sua própria presença.

Por Dani Cabrera

lunes, 21 de abril de 2008

Desse teu Sorriso...

E desse tempo sempre haverá algo até a eternidade
Porque tudo o que você faz é como uma estrela colocada no meu céu
Que brilha e reflete com tanta intensidade
E que apaixona até os que estão às margens,
Olhando pro nada, ou pra qualquer lugar.
Mas eu tenho olhos que não desgrudam dos teus
E olhar pra eles traz uma felicidade tão acalentadora
Que nem sei se sorrio por motivos ou por sorrisos.

Teus.


Por Dani Cabrera

sábado, 19 de abril de 2008

Latifúndio


Já não sou mais senhora de mim mesma
Não mais domino o que quero
Nem o que decido
Desde que você veio até mim
Já não sou mais tão forte como sempre discursei
Já não coordeno os meus passos
Não tenho mais o luxo de fazer só o que quero
Porque me perdi pra você
Às vezes uma ousadia de eternos dois segundos
Tentam, orgulhosamente, me tomar de volta pra mim mesma,
Mas não sou mais forte do que aquilo que guardo
Nunca me entreguei tão facilmente a ninguém,
Até que você se mudou pra dentro de mim.
Às vezes queria forças para te deixar
Parece uma necessidade de superação
Talvez seja um desejo de auto-afirmação sem fundamento e razão
Mas não tenho coragem de dar nem um passo na direção contrária.
Logo eu que pareço uma fortaleza de pedras bem polidas
Eu que aprendi a dar nós em espadas
Eu que aprendi que eu sou mais do que o que dizem de mim.
Logo eu que sempre fui tão firme no que penso
Tão forte e fui vencida por um sorriso
Me perdi pra você
Perdi meu coração pra você
E agora estou em suas mãos.
E agora eu te amo assim[...]
Sem economia alguma
Agora você é a tinta que dá cor aos dias cinza
Agora...
Agora é você.

Por Dani Cabrera

Do Amor Que Sinto...

Mas o amor que eu sinto não pode ser medido.
A menos que tais medidas sejam estrondosas e exageradas, grandiosas e incontáveis em expansão. Não se pode tocar a menos que se descubra a consistência das nuvens, ou que se saiba quanto pesa o ar... Ou que seja por um abraço teu, pronto!
Se fosse expressado por cor seria azul celeste, daquele céu dos dias de brisa bem calma, combinados com margaridas brancas e um tapete verde vibrante...
Ou teria a tua cor.
Cor de maio provençal.
E se esse amor fosse flor seria um girassol, daqueles que nos fazem parar no meio da estrada para apreciá-lo e dizer - Ah!, e que encheria a redondeza de alegria e entusiamo.
Mas esse amor não se expressa assim.
Esse amor se expressa com vida e com persistência.
Esse amor se expressa com negação e compreensão.
Esse amor se expressa com palavras, com atitudes, com olhos e também com silêncio.
Esse amor...
Ah, esse amor que sinto!

Por Dani Cabrera

Das Borboletas...


No silêncio guardo os gritos mais intensos de dentro do meu mundo
Guardo o amor que sinto e vivo um romance interno - por enquanto.
Guardo no meu silêncio os elogios mais lindos
Embrulhados em papel de presente com laçarotes vermelhos
Pra te entregar em momento oportuno, uma surpresa.
Te amar num só pedacinho de mim?
Não posso mais, você me regalou com borboletas de todas as tuas cores
Despertam e voam cada vez que te sentem aproximar-te de mim
Ou delas - não sei... Só sei que as sinto,
E sei que cada dia de espera é um dia a menos sem você.

Sentir isso é tão bom!


Por Dani Cabrera

Do Amor Que Sinto...

Mas o amor que sinto não é abalado
Nem por gotas
Nem por desesperança.
O despertar da dificuldade tornou-se força de crescimento
E o meu amor,
Ah! O meu amor,
O nosso “meu amor” só faz crescer!

Nem os olhares dos que me dizem “Vá!” me intimidam,
Nenhuma barreira sobrepõe a altura que a ternura dos teus olhos me colocam
E as acusações não são mais importantes
Do que os preciosos quinze minutos de sorriso teu
Ou que os dez,
Ou cinco,
Ou um [...]

Nada vale mais,
Porque o amor é sábio e sabe proteger-se - mais do que imaginamos!
Alimenta-se do que mais gostamos, logo cresce.
Da dor à cura, do silêncio ao som,
Do nada a você!


Por Dani Cabrera

Do Teu Aparecer...

De repente o céu, de cinza, fez-se azul
E o silêncio dançou ao som de música (de festa)
E todas as flores exalaram os perfumes que continham
As rosas, os lírios;
E todas as noites me lembravam você.

De repente percebi que eu não precisava de nada
E ao mesmo tempo tudo o que eu precisva estava ali:
Em um par de olhos, nas tuas palavras, no teu sorriso estirado.

Ah! Ali estava o que eu  pensei que nunca encontraria.


Por Dani Cabrera

Tarde Demais!

Agora que você já está aqui é tarde demais;
Agora que já posso te ver e te ouvir até mesmo quando você não está ao meu lado

Já é tarde demais.
Tarde demais pra deixar de amar como amo,
Com intensidade, força e fervor,
E pra deixar de escrever palavras que nunca vão expressar fielmente o que quero.

Tarde demais pra te amar com economia
E pra não te ter na minha mente e no meu coração
Tarde demais pra reassumir o controle que eu já entreguei
Já que tudo parece ser muito mais seguro perto de você.

Tarde demais pra não lembrar de você
Quando vejo as nuvens claras do dia lindo - e na terra girassóis,
E o cheiro dos campos traz a mesma tranquilidade (suspiro)
Que o cheiro da tua presença me faz sentir.

Tentativas sem sucesso de te fazer enxergar o tamanho do que você plantou
Muito mais que em flores estão as vinhas que você regou
Muito mais que azul se fez (em mim) o céu que você desejou ver ao despertar.

Guarde a tua certeza, que eu nem preciso me empenhar,
Já que tudo sai de mim em tua direção, tão naturalmente.
O cansaço já não é mais bicho-papão
E a distância nunca passa de dois passos a meu ver, ou um se você preferir.

Nada se torna muro quando o amor é dedicação, força e é firmeza.
Nada foi forte o bastante pra mentir a teu respeito
A ponto de me fazer duvidar e te deixar.
Não duvidei de você em mim, nem de mim ao perceber que...

Já é tarde demais,
E o sono vem, mas nada apaga o que me manteve acordada.
Talvez sejam as palavras desta folha que me mantiveram desperta
Elas só queriam nascer pra tentar te explicar o que viram nos becos do meu coração.

Elas tentam te dizer o tempo todo
Mas é sempre em vão
Porque mais da metade não se pode ver
Não se pode ouvir
Mas no teu abraço...
Ah! O teu abraço!

Tarde demais!
Tarde de mais pra não te amar com força,
Com urgência e carinho,
Com dedicação, lealdade e verdade.
Tarde demais pra não sorrir ao te ver.
Tarde demais, tarde demais!


Por Dani Cabrera

Que Alívio!

"Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra."
Caio F. Abreu

É Preciso Preparar o Coração...

"...Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!"

Antoine Saint Exupéry - Le Pettit Prince

Cá com meus pensamentos...

...Descobri que





...apaixonar-se é um mal necessário!

Chão...

Por muito tempo desejei demais.
A sensação de estar sempre certa é realmente um encanto, mas em nada se encaixa com a vida real: a verdade sempre é "nua e crua". Não sobram espaços para caprichos. Existe entre nós uma pessoa chamada "Dono da Razão". E é sobre essa pessoa que quero falar.

Uma hora - e normalmete de forma dolorosa -  a gente descobre que, dar murros em ponta de faca machuca as mãos, e que as nossas mãos são mais úteis saradas. Uma hora a gente descobre  - e tem uma sensação de ter acordado -  que não é bom ser politicamente correto o tempo todo, e que pra aprender mesmo a gente precisa é errar. Mas errar também é dolorido, errar dá vergonha, atrai dedos que acusam mesmo sem ter a mínima moral para isso. E quem se importa? Errar é um risco imenso, mas faz crescer e mostra os caminhos que não são seguros para andar. E quando erramos caímos no chão, alguns preferem chamar de poço, mas até o fundo do poço é chão. O limite é sempre o chão para que tenhamos nova chance. Mas os olhos de desespero vêem sempre "o fundo de um poço". O chão é lugar de parar, e rever o caminho que estamos seguindo.

Às vezes vemos uma mão pra nos levantar, mas às vezes temos que sentir uma mão que nos levanta. Ainda que não seja para nós, mas em nós.
O chão é o limite do que anda perigosamente, mas que tem ainda a oportunidade de andar corretamente. O chão não é só pra humilhar. O chão também ampara quem se equivoca, porque é melhor cair no chão do que cair no abismo. E o chão é o lugar de todos os que, descansam nos braços e no encanto de "Sr. Dono da Razão". O chão é o lugar do julgador, do opressor, do soberbo e do orgulhoso. O chão abriga o covarde, o mentiroso, é casa do que rouba e do que testemunha de maneira falsa. O chão é um recomeço, porque podemos levantar e voltar a caminhar. Mancando, marcado ou somente com os olhos mais atentos. Depende do nível da queda.

"Dono da Razão" é um ser que veste de orgulho, mágoa e rancor. É alguém que sofre e que não sabe resolver e domar o que sente. "Dono da Razão" até que é boa pessoa, mas está ferido e precisa ver que a não é monopólio de ninguém.

Ele é alguém que sempre cai no chão, tropeça nos seus pensamentos e em seus argumentos. Deita-se, dobra-se com "violência" e sem vontade própria: É derrubado. É marcado, aprende a lição e vai embora para outro hospedeiro.
Até nunca mais "Sr. Dono da Razão"!

Status: Mudando o coração. =)

(Suspiro)

"...E até quem me vê lendo jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei..."

(Rodrigo Amarante)

Desculpa Esfarrapada...

Vem!
Vem porque aqui tudo chama teu nome:
O dia amanheceu vestindo black tie
Logo agora que a primavera é intensa
E o sol está brilhante
Mas de que adianta se você não trouxe a cor dessa paisagem?

Cadê você aqui?
Tuas fotos abafam a importância do teu sorriso
Nem as músicas que você costuma ouvir
Nada disso me traz o que tudo procura agora

As ruas chamam pelos teus pés,
Teu portão te espera sentado na calçada
Tua cama sonha contigo todos os dias
E eu, aqui

Um telefonema,
Um recado enviado,
O que seja
Ansiosamente
Esperadamente

Mas hoje alguém contou pra todos que amanhã você vem:
Tudo sorriu.
As ruas e seu banho
A chuva revigorou as flores
As cores começam a ressurgir
Porque tudo te vê mais de perto agora.

Que desculpa esfarrapada!
Acabei de pôr nomes diferentes em mim mesma
Sou eu quem te espera.
Vem. Sem demora.

Liberdade, coisa linda!

Hoje me lembrei de uma ocasião que aconteceu há um ano atrás, aproximadamente. Resolvi sair sem rumo, e coisa boa é ter liberdade e tempo hábil pra cometer "aventuras" desse tipo. Não planejei ir a lugar algum, não tinha limites de onde queria chegar - mas queria ir. Sentei na escada, calcei meu tênis, peguei as chaves, os fones de ouvido e coloquei Yael Naïm no meu cartucho de memória. Abri a porta e fui ao famoso "lugar nenhum".

Coisa boa é ser livre pra fazer o que se quer fazer.

Amo a minha liberdade, e ela é só minha!
Mas está surgindo uma possibilidade de dividí-la definitivamente com alguém.



Postado em 8 de Outubro de 2007

Me Rendi...

Tive que criar outro BLOG, mas confesso que levaria na boa a idéia de ter um mais misturado como o que levei até o extremo.

Só que o amor que eu sinto só faz crescer.
Daí criei um espaço pra falar do que me surge.

Procurei um layout legal pra enfeitar este espaço, tenho vários templates nos meus arquivos, mas pansei, pensei; e cheguei à conclusão que este BLOG deve ser tão cru e tão transparente quanto o amor que sinto, tão fiel e puro quanto o que me leva a escrever.

As cores deveriam ser o mais suave possível, para que o amor que sinto seja entendido com a mesma ternura que me atinge. As letras, o mais definidas possível, bem como cada atitude de dentro (e de fora!) o é.

Lembrei-me do meu desvelo com tudo que não quero perder - ou não posso perder, ou não posso porque não consigo [...]. Lembrei-me do risco que há em representar papéis, e em aumentar "um ponto no conto". Lembrei-me de gosto amargo das máscaras, das opacidade das cores inventadas e me apaixonei mais uma vez pelas cores do amor que sinto. Optei, mais uma vez, pelo simples, pelo transparente e pela harmonia dos olhos que amo.


Sejam bem vindos ao AMOR QUE SINTO.

2019

Echarte de menos en una tarde como esta, sabiendo que vendrás – que en un par de horas entrarás por la puerta de nuestra casa. Por aqu...